sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
Vozes do outro lado da vida
A Doutrina dos Espíritos (ou Doutrina Espírita, ou
Espiritismo) é a ciência que estuda a natureza, origem e destino dos Espíritos,
bem como as relações que se estabelecem entre o plano físico e o mundo
espiritual. Como ciência de observação investiga os fatos espíritas, como
filosofia explica-os, como moral catapulta o Homem para patamares de
espiritualidade mais arejados.
Através do Espiritismo, a morte morreu, as provas da
imortalidade do Espírito apareceram e continuam a aparecer até aos dias de
hoje, através das vozes dos "falecidos" que, por intermédio dos
médiuns, demonstram a sua imortalidade.
Tais fatos sempre existiram desde que o Homem é Homem.
Allan Kardec estudou-os metódica e cientificamente desde
1857, altura em que o Espiritismo apareceu com o lançamento de "O Livro
dos Espíritos".
Nos dias que correm, são muitos os cientistas e
pesquisadores que, pelo mundo afora, investigam e confirmam as assertivas
espíritas acima referidas.
Jorge Gomes, jornalista e editor do "Jornal de
Espiritismo" (www.adeportugal.org), conferencista, escritor, já vai para o
seu 3º livro lançado pela Federação Espírita Portuguesa (FEP),estando a fazer
um notável trabalho de edição de livros espíritas de autores portugueses, bem
como reedições de livros espíritas de qualidade– de Allan Kardec, Chico Xavier,
Divaldo Franco, Raul Teixeira, Yvonne do Amaral Pereira, entre outros.
Depois da edição de "Além do Véu" e "Do pós-vida
à mediunidade", foi lançado em Portugal, recentemente, nas Caldas da
Rainha, o livro "Vozes do outro lado da vida".
Com uma encadernação muito bem conseguida, este livro é
fruto de anos de pesquisa em reuniões mediúnicas, onde o autor conversou com
pessoas já na dimensão espiritual (falecidas) que se manifestavam através de
médiuns, em reuniões espíritas, num dos centros espíritas existentes na zona do
Porto, onde o autor colabora.
Após uma contextualização inicial no primeiro capítulo, o
autor selecionou os casos atendidos, de Espíritos adoentados, acidentados,
portadores de deficiência, obsessores, religiosos, suicidas e diversos outros,
terminando no capítulo III por fazer uma síntese do que é mais importante
nestas situações, da pesquisa, da procura e respectivas conclusões.
O contato sério, metódico, honesto, rigoroso, com o mundo
espiritual, prova inequivocamente a imortalidade do Espírito.
Com um prefácio de Júlio Peres– Psicólogo clínico, Doutor em
Neurociências e Comportamento pelo Instituto de Psicologia – Universidade de
São Paulo, pós-doutorado no "Center for Spirituality and the Mind -
University of Pennsylvania", pós-doutorado em "Diagnóstico de
Imagem/Radiologia Clínica - UNIFESP"– este livro destina-se a pessoas não
espíritas que pretendam entender o que se passa numa reunião de contato com o
mundo espiritual, e destina-se igualmente a pessoas que se interessem pelo
assunto, aos espíritas em geral e, particularmente, àqueles que colaboram
gratuitamente nas atividades em centros espíritas, nessas reuniões, bem como a
quem esteja a efetuar estudos de Espiritismo.
Na contracapa, o autor diz que "Depois de bem examinado
o assunto, confirma-se: a linguagem dos mundos é tão somente o amor, tal como o
entendia Jesus de Nazaré. Sem esse sentimento maior no coração, ninguém
conseguirá ter, tão cedo, olhos para a luz".
Que a obra "Vozes do outro lado da vida" nos possa
ajudar a vislumbrar esse mundo que nos espera um dia, quando largarmos o
invólucro carnal, como decorrência de um fenômeno natural – a morte do corpo
físico – que é apenas a abertura de um portal para uma nova vida, um novo
patamar existencial, na imortalidade da existência do Espírito.
Nota – O leitor poderá adquirir o livro "Vozes do outro
lado" em qualquer associação espírita que o tenha à venda, em
www.feportuguesa.pt ou ainda pelo telefone 351 - 214 975 754.
José Lucas
Óbidos, Portugal
Imagem do livro
sábado, 9 de janeiro de 2016
O retorno ao mundo espiritual
De todas as certezas que podemos
ter na vida, a morte é a mais certa delas. Inevitável... chega a qualquer hora
e em qualquer lugar, atingindo, sem pedir licença homens, mulheres, crianças,
idosos, seres vivos em geral, de qualquer idade, crença ou classe social.
O curioso, é que mesmo sabendo
ser este o destino de tudo o que é vivo, fazemos de conta que ela não existe e
que jamais irá nos atingir. Educamo-nos para a vida, mas não o fazemos para a
morte, para sua aceitação quando chegar a nossa vez ou a do outro.
Os motivos que nos levam a cruzar
o além são muitos e impostos pela forma como vivemos. Se negligentes ao
atravessar uma rua, certamente seremos atropelados; se somos hipocondríacos,
poderemos partir por uma intoxicação provocada pelo excesso de medicamentos; se
alcoólatra, partiremos por doenças que acometerão o sistema biológico como a
cirrose e assim por diante, sem esquecer a transposição pelo suicídio.
Chegaremos ao plano espiritual e
seremos amparados de modo mais ágil ou não de acordo com nossas conquistas e
nosso estado mental ditará o local onde habitaremos. Daí advém a necessidade da
educação para a morte, que implica em mudanças de atitudes e comportamentos
diante da vida.
Se morrer não é o fim, então
porque morremos de medo de morrer? A pergunta é redundante, porém necessária, e
a resposta óbvia, morrermos de medo de morrer porque não sabemos o que é a
morte e porque não nos adestramos para morrer. E a assertiva é real inclusive
para o meio espírita, que como justificativa para a falta de educação para a
morte, dizem que não sabem o que encontrarão do outro lado...
Muitos morrem, poucos desencarnam,
pois morrer é ter as sensações vitais paralisadas, mas ter o espírito em agonia
pelo passamento. Desencarnar é agradecer pelo corpo que serviu de abrigo ao
espírito em sua trajetória evolutiva e seguir sem apego àquilo que já não tem
mais funções a desempenhar. É partir livre na certeza de que a vida permanece
ativa.
O historiador Philippe Ariès,
pesquisou durante muito tempo o comportamento do homem diante da morte e mostra
que a forma como a encaramos é algo novo. As mudanças, do período medieval ao
atual foram lentas e muitas vezes não percebidas.
Na Idade Média, a morte era um
evento público que ao ser pressentida fazia com que as pessoas se recolhessem
com seus amigos e parentes para dar cumprimento ao ritual de pedir perdão pelas
faltas e transcrever o testamento onde era expresso todos os desejos inclusive
o de salvação da alma, descrevendo a forma como gostaria que fosse o velório e
o sepultamento bem como declarando os valores que seriam empregados para o
pagamento das missas em favor da própria alma e de outros que fossem lembrados.
A prática era enterrar em local
considerado sagrado, como nas igrejas para os que podiam pagar ou próximo a ela
para os indigentes. Mortos e vivos conviviam pacificamente até que os valores
começaram a mudar e o hábito de se fazer festas e feiras nos adros das igrejas
desapareceu por ter se tornado um incomodo conviver com os falecidos.
Na Idade Moderna europeia
mantiveram-se os mesmos costumes, porém a visão sobre a morte mudou e esta
passou a ser vista como algo que tirava um ente querido. Era uma transgressão
aos sentimentos, a morte de si mesmo deixa de ser temida e passa-se a recear a
morte do outro.
Para evitar o contágio com os
miasmas pestilentos da morte, surgiram os cemitérios e a família passou a ser o
foco das atenções com a adoção do luto eterno como demonstração de respeito e
de profundo sentimento pela “perda”.
Por temer a falta do outro e a
fim de evitar sofrimentos, no período Contemporâneo o estado de saúde do
moribundo passou a ser escondido deste, ele não devia saber que estava prestes
a cruzar a fronteira com o além, porém a intenção era varrer a morte da
sociedade.
A partir da década de 30 do
século XX, não mais se morre em casa e cercado de amigos e parentes, mas em
hospitais e de forma solitária. Para Norbert Elias, esta forma de morrer é
reflexo da forma como se vive nas sociedades modernas, solitariamente.
Os avanços da ciência médica
passaram a permitir o prolongamento ou não da vida, o luto também perdeu o
sentido e o pensamento de que morte chegará sempre para o outro, como dito
anteriormente, permanece vivo bem como o sentimento de que somos os únicos a sofrer
quando chega a termo a vida física de um ente querido.
Nesse percurso histórico, a morte
foi encarada como a ida para o nada e no mesmo período surge o Espiritismo
colocando por terra os dogmas explicando que para salvar-se é preciso praticar
a caridade, pois, fora desta não há salvação, o que significa, de acordo com o
Espírito da Verdade, na questão 886 de O Livro dos Espíritos: benevolência para
com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.
O Espiritismo esclarece os
meandros temidos da morte, mostrando-a como um processo natural na vida do
espírito em seu processo evolutivo. Deixa claro que apenas o corpo vira pó e
que o espírito vai encarar a jornada em um novo plano.
Muitas vezes já morremos e ainda
tememos o passar para o outro mundo, um medo justificado apenas pela falta de
estudo e de conhecimentos sobre o assunto, visto que educar-se para a morte faz
parte do processo de transformação moral do indivíduo.
Se o Espiritismo esclarece os
temores da morte e tem os mecanismos adequados que promovam uma educação neste
sentido, porque o espírita ainda treme diante de sua “aparição”? Medo do
fantasma de preto segurando uma foice, temor de que o mito da finitude seja
verdadeiro ou medo de descobrir a sua verdadeira essência enquanto espírito?
Em 1959, Chico Xavier fazia uma
viagem, de avião, que enfrentou uma grande turbulência. Em meio ao pânico
geral, Chico também começou a gritar e todos já esperavam não sair vivos.
Emmanuel o repreende dizendo que a cena demonstrava falta de fé na imortalidade
da alma.
De acordo com Kardec em O Céu e o
Inferno, o temor da morte parte do instinto de conservação do homem, necessário
enquanto não temos esclarecimentos sobre a vida após a morte e também para
impedir que sejamos negligentes com a vida corporal e, à medida que tenhamos
uma melhor compreensão sobre o seu sistema, o medo desaparecerá.
Porém, apesar dos
esclarecimentos, a morte permanece envolta em mistérios e crenças como o virar
santo. As frases direcionadas para os que partem como “olhe por nós daí de
cima”, são claras demonstrações de que ainda não sabemos o que é a morte e qual
deve ser o nosso procedimento diante do fato, mas também revela a ignorância
sobre as condições do espírito.
A morte não é uma novidade na
vida do homem, ao contrário, é um processo natural, tanto quanto nascer. Porém
nos escusarmos a entender e até mesmo a falar sobre a morte e segundo Kardec,
este comportamento não nos permite penetrar o pensamento no mundo espiritual e
por isso temos dele uma visão distorcida que impõe o medo e a falta de
informações não deixa que percebamos as condições espirituais de quem parte,
pois por melhor que tenha sido quando encarnado, poderá não seguir em paz e,
portanto não estar em condições de olhar por nós.
Cada um encontra-se em um degrau
na escala evolutiva carregando o fardo das próprias ações que determinará a
realidade da vida no mundo espiritual. Lembrando que a mente culpada projetará
sofrimentos e se afinará com outros que estiverem no mesmo patamar energético;
a mente em paz consigo mesma e certa de que viveu procurando fazer o bem e em
consonância com as Leis Divinas, granjeará benesses. Portanto, este não teme a
morte e nem procura justificativas vãs mesmo porque, sabe bem o que é o mundo
espiritual e o que lhe aguarda ao cruzar o véu.
O espírito André Luiz nos diz que
a maior surpresa da morte é nos confrontarmos com a nossa consciência, pois é a
partir dela que construímos o céu, paramos no purgatório ou nos precipitamos
aos planos inferiores.
Conforme colocou Herculano Pires,
a educação para a morte começa no exato momento em que tomamos conhecimento
dessa realidade e despertamos para uma noção profunda que nos leva a
compreender as implicações e proporções da morte, a perceber a imortalidade
como uma benção e uma oportunidade de reencontrarmos os que amamos e dar
continuidade à vida com maiores possibilidades de acerto, com liberdade e com a
consciência de que somos Espíritos.
Referências:
ARIÈS, Phillippe. História da
morte no Ocidente. Da Idade Média aos nossos dias. Trad. Priscila V. de
Siqueira. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.
ELIAS, Norbert. A solidão dos
moribundos. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 2001.
KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno.
Trad. Albertina Escudeiro Sêco. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CELD, 2008.
XAVIER, Francisco Cândido e LUIZ, André
(espírito). Nosso Lar. Brasília: FEB, 2014.
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segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
Existem Espíritos em toda parte?
“Estamos mergulhados num mar de ideias.” - Platão.
Remontando à antiga Grécia podemos ver Platão nos ensinar
que “vivemos num mar de ideias”. Vamos também estudar Paulo de Tarso quando ele
nos diz que "vivemos como que na frente de plateia de assistentes”. E
também no século passado leremos Albert Einstein quando ele diz que “vivemos
num mundo repleto de ondas”.
Sabemos que existem pessoas em toda parte e, assim como nos
diz André Luiz, as formas-pensamento estão sendo constantemente emitidas por
nós a todos os instantes. Como a vida continua e não termina com certeza no
túmulo, veremos, então, como nos ensinam os Espíritos, através de Kardec, que
há Espíritos em toda parte.
Essa mistura dos encarnados e desencarnados, essa troca de
ideias constante entre o mundo físico e o espiritual nos conduz a pensar sobre
nossas posições mentais, vigiar sempre, para não deixar as influências
espirituais nocivas nos afetarem, pois nos afirmam os Espíritos, numa das
perguntas de O Livro dos Espíritos[1]: Os Espíritos influenciam em nossas
vidas? E a resposta é objetiva: “muito mais do que vocês imaginam”. Podemos
então perceber, na profundidade dessa afirmação, como devemos realmente vigiar:
sempre.
A existência de Espíritos em toda parte nos leva a perceber
que, com os nossos atos e pensamentos, exemplos bons ou não, atraímos os
Espíritos segundo a sintonia que provocamos.
Fato é que, estando os Espíritos à nossa volta, eles podem
nos ajudar ou atrapalhar, dependendo apenas de nossa posição mental, espiritual
e,porque não dizer, vibracional?
Esse tema nos leva ao profundo e complexo problema das
perturbações, obsessões e todo tipo de influência negativa que recebemos dos
Espíritos quando nos sintonizamos na mesma faixa de vibração.
As pessoas que não acreditam na espiritualidade, vida após a
morte, e todo esse complexo de interferência espiritual à nossa volta, ao se
depararem com o problema da influência espiritual, levam toda essa problemática
para o campo da psicologia e psiquiatria clássica, não procurando observar com
mais profundidade o problema.
Sem dúvida as ciências psicológicas e psiquiátricas têm um
papel importante nas nossas vidas para a busca do equilíbrio emocional e
cognitivo do ser, mas estamos aqui falando de algo que transcende o ser
encarnado, levando-nos a um questionamento mais profundo, pois a Ciência muitas
vezes cura os problemas dessa ordem, mas outras vezes não. Podemos ver, no dia
a dia, pessoas se curando através de uma terapia alternativa, oferecida pelos
centros espíritas, que é o “tratamento espiritual”, que não tem, segundo os
estudos clássicos da Ciência, qualquer comprovação da sua eficácia, até porque
os elementos chaves, o Espírito e sua influência, ainda se encontram obscuros
para a nossa Ciência.
Assim deveremos, passo a passo, dia após dia, construir o
reino de Deus dentro de nós, para que possamos estar em sintonia com os bons
Espíritos, recebendo suas orientações dentro do nosso campo mental em forma de
intuição, inspiração ou até mesmo uma atuação mais direta, dependendo da
situação em que nos encontramos.
O esperado bloqueio das influências negativas dos irmãos
espirituais que ainda se identificam com o mal, só é possível com mudanças de
atitudes, e procurando viver dia após dia os ensinamentos de Jesus.
Importante que entendamos que o tratamento espiritual é um
remédio importante para restituir o equilíbrio espiritual, mas, para permanecer
nesse equilíbrio, dependerá, dali para frente,de nós. Porque continuaremos
recebendo as influências boas ou não, dependendo apenas de nós.
Disse Jesus ao doente: [2]“Eu te curei, vai, mas não peques
para que não te aconteça coisa pior”. Nessa lição o Mestre dos mestres nos
proclama a necessidade de mudança hoje para obtermos uma vida espiritual
melhor. Para que consigamos manter uma ligação com a espiritualidade Maior
torna-se necessário o trabalho no bem, a única saída real e efetiva para o
nosso ser.
Espíritos em toda parte, com ou sem evolução nas ações,
sentimentos e emoções, constroem um hálito espiritual à nossa volta,em que nós
compartilhamos e colaboramos nesse tal nível de energia e vibração.
Seja como emissores de pensamentos ou atos, construtivos ou
não, estamos na presença de Espíritos a todo o momento. Assim, orar e vigiar,
como manda o Mestre, é ainda a melhor forma de garantir uma ligação proveitosa
junto à espiritualidade Maior.
Referências:
[1] Allan Kardec, Livro dos Espíritos.
[2] Allan Kardec, O Evangelho segundo o Espiritismo.
Wagner Ideali
Guarulhos,
SP (Brasil)
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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016
Os que foram para o lado de lá e voltaram para contar...
A médica suíça Elisabeth Kübler Ross (08 de julho de 1926 –
24 de agosto de 2004) passou décadas ao lado de pacientes em estado terminal.
Sua experiência a fez escrever o livro “Sobre a morte e o processo de morrer”,
em que apresenta o modelo de Kübler Ross a informar familiares e amigos de
doentes terminais a melhor maneira de conviver com a situação.
A pesquisadora estudou mais de 20.000 casos de EQM -
Experiência de quase morte - e verificou que todos tinham um ponto em comum:
aqueles indivíduos que foram e se depararam com o outro lado da vida não
queriam voltar para o lado de cá. Relataram sobre o sentimento de liberdade e
plenitude que experimentaram ao não estarem carregando o pesado corpo de carne.
Tiveram sensações das mais agradáveis, como se estivessem
num sonho bom, mas que, infelizmente, segundo narrativas, foram obrigados a
acordar e utilizar novamente a máquina física que, bem o sabemos com o
conhecimento espírita, oblitera a manifestação do Espírito em sua força total.
Foi-se o tempo em que triunfava o argumento de que
"ninguém ainda voltou para contar como é o lado de lá". Muitos foram,
todos gostaram e quiseram ficar.
As pesquisas da Dra. Ross evidenciam um outro ponto
importante: somos amparados pelos Espíritos que nos precederam na grande viagem
da vida. A bem da verdade, é que, seja aqui ou no Além, Deus está conosco,
amparando sempre.
Pena em algumas ocasiões duvidarmos de sua bondade e cairmos
no fosso dos incrédulos.
Dia desses, um amigo comentou que ao comparecer ao
consultório médico para renovação de sua CNH, iniciou um bate-papo com a médica
que o atendeu.
Estava ela amargurada com a morte do marido. Segundo ela,
homem alto, forte, bonito, e que se cuidava muito. Colesterol em dia, glicose
idem, pressão 12/08, de menino, não obstante os seus 55 anos.
Foi-se embora sem dizer “adeus”. Numa dessas noites dormiu
com a visita da lua, porém não se levantou com o alvorecer.
Partiu fulminado por inexplicável ataque cardíaco.
Com tristeza, indagou:
- Por que com ele, se
há tanta gente malvada no mundo?
- Há pessoas que vêm
para uma vida breve, existência curta mesmo, entretanto, a morte não existe,
pois o que morre é o corpo – tentou consolar o amigo...
- Chega, moço! Chega!
Calou-se meu amigo; percebeu que naquele momento suas
palavras seriam inócuas, porquanto não estava a doutora com ouvidos de ouvir.
Ele apenas pediu que ela o procurasse quando quisesse
conversar sobre a imortalidade da alma.
Despediu-se da doutora e partiu, não sem antes lançar-lhe um
olhar de compaixão...
Ela passa pela segunda etapa do luto: a raiva.
São cinco as fases do luto: negação, raiva, negociação,
interiorização e aceitação. Sugiro que estudem o modelo de Kübler Ross para
melhor compreensão do tema.
Não adiantam discursos religiosos ou conselhos nesta segunda
etapa do luto. É preciso cada um vivenciar o luto e ter seu tempo.
Pena que para os que desconhecem a imortalidade da alma o
processo de luto seja extremamente doloroso...
Não precisaria ser assim, mas, enfim, num mundo ainda
demasiado materialista poucos entendem a necessidade do “morrer”...
Ainda bem que Espíritos como a Dra. Ross nos visitam aqui na
Terra e deixam um legado que faz aquecer corações e esclarecer mentes.
Muitos não ouvem, mas os que ouvem terão analgésicos para
suas dores...
Pensemos nisto.
Wellington Balbo
Salvador,
BA (Brasil)
Imagem do livro
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