sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A Filosofia nos ensina que tudo em demasia deve ser evitado


Para a filosofia, tudo em excesso é ruim, o que acaba levando a erros, principalmente nas áreas política e religiosa. E os políticos e os teólogos apelam mais para o seu egoísmo e vaidade do que para a verdade.
No Brasil, entre os erros dos exageros políticos, estão os de verbas mal empregadas, que até beneficiam outros países e, estranhamente, os de regimes de força. As conseqüências disso são a precariedade em que se encontram os setores da saúde pública e das rodovias no nosso País.
O número de médicos é deficiente. As filas para consultas são longas. As datas de atendimentos para cirurgias, mesmo as urgentes, são marcadas para meses depois. As nossas estradas, em grande parte, estão abandonadas, com os desastres multiplicando-se dia a dia.
E lembramo-nos aqui do exagerado projeto de lei da proibição da palmada em crianças pelos pais. A proibição do espancamento é bemvinda, mas a de palmada é uma medida exagerada! E será que essa lei funcionaria na prática? Ela faz-nos lembrar da de proibição do jogo de bicho, à qual ninguém obedece! Exageros nem os da Bíblia. Mas vejamos o que ela diz: “Não retires da criança a disciplina, pois se a fustigares com a vara, não morrerá.”(Provérbios 23,13).Que os nossos políticos meditem sobre o dito popular de que “palmada de mãe não dói”, e que é preferível uma criança tomar palmadas de seu pai ou de sua mãe, a tomar mais tarde, quando adulta, cacetadas da polícia.
E os teólogos ensinaram e ensinam que Deus é apenas um e que as Pessoas da Santíssima Trindade é que são três. Assim, quando alguém pergunta a um teólogo se Jesus é também Deus, ele deveria responder categoricamente que não, que Jesus é apenas uma das três Pessoas da Santíssima Trindade. Mas ele, com a cara mais limpa do mundo, responde que sim, que Jesus é também Deus, o que é uma incoerência e contra a Bíblia: “O Pai é maior do que eu”.(João 14,28). “Por que me chamas bom? Só Deus é bom”. (Marcos 10,18).E os teólogos, geralmente, acrescentam que se trata de um mistério de Deus que não podemos compreender. Mas na verdade, é mistério deles mesmos, pois eles é que criaram essa doutrina, que respeito, mas que é contraditória e que, por isso mesmo se tornou dogma. E eles tentam contornar a coisa, dizendo que Jesus é gerado e não criado. Isso é uma verborragia ou jogo de palavras, pois criar e gerar são verbos sinônimos da ação de criar ou de dar origem a um ser. A diferença é que criar pode ter um sentido mais amplo, pois pode incluir também o ato de cuidar do ser criado, enquanto pequeno. Mas quanto à ação de criar ou procriar, gerar tem o mesmo sentido. Exemplo: o casal tal gerou dois filhos famosos. Segundo o ensino de são Tomás de Aquino, pode-se dizer que Jesus não é o ser incontingente (incriado), mas contingente (criado). Que os teólogos corrijam seus exageros doutrinários. Isso é o que seria a verdadeira inovação evangelizadora de que, hoje, se fala tanto!
É mesmo verdade que tudo de mais é ruim. Que, pois, os nossos políticos e teólogos se contenham, nos seus erros de excessos, uma vez que já se foi a época do coronelismo, da fé cega e da lógica ilógica!

PS:
1) Realizar-se-á em SP, em 21 e 22-8-2010, o 6º Encontro Nacional da Liga dos Pesquisadores do Espiritismo. www.ccdpe.org.br
2) Com o esclarecimento do IBGE, a FEB altera a sua recomendação sobre o Censo. O espírita pode declarar que é espírita ou kardecista, pois o Código 610 inclui as duas palavras.

Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br Clicar colunas. Ela está liberada para publicações. Seus livros: “A Face Oculta das Religiões”, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail:
jreischaves@gmail.com - Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147
 
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quarta-feira, 14 de julho de 2010

A PAZ começa dentro de casa

O mundo melhor com o qual sonhamos começa no lar

Sonhamos com um mundo melhor onde paz e harmonia predominem na intimidade de cada um e na vida social. Volta e meia nos deparamos na rua e nos noticiários com campanhas, caminhadas, e passeatas contra as guerras e em prol da paz. Slogans não faltam:Diga não à violência! Guerra não! Eu sou
da paz! Paz e amor!
Muitos já buscam a paz mesmo desconhecendo-a; outros, como algumas crianças da Geração Nova, já a praticam automaticamente e sem esforço.
Inúmeras são as lutas que se travam a seu favor. Nas ruas, na imprensa escrita e falada. Paz da boca para fora. Palavras tão estéreis quanto inúteis; enquanto não tivermos consciência clara do que seja agressividade e violência.
Não tem sentido lógico, pessoas ainda agressivas e violentas nas menores ações do dia-a-dia empunhando a bandeira da paz. E o que é pior: cobrando dos outros atitudes mais pacíficas. Mais parece coisa de gente que não tem e nem sabe o que fazer; que deseja aparecer ou pretende vender alguma idéia ou produto.
Não desenvolvemos a sensibilidade de distinguir as atitudes pacíficas das agressivas em nossas atitudes diárias. Não percebemos realmente o que é violência e agressividade, exceto aquela que salta aos olhos, escabrosa e truculenta: guerras, assassinatos, agressões, estupros, tiros, facadas. E o que é pior, sentimos apenas a que nos atinge ou nos choca; mas, encaramos como normal e como nosso direito de reagir à que aplicamos nos outros, dos pensamentos às atitudes.
Somente seremos capazes de combater a violência quando aprendermos a detectá-la em nós mesmos e, quando educarmos as crianças para que sejam mansas e pacíficas, exemplificando, pois a educação é algo compartilhado e não imposto. Palavreado não seguido de atitudes coerentes não serve para nada; apenas atrapalha. Pessoas não se educam com slogans, nem com palavras de ordem, e sim na prática, com os exemplos de cada dia.
Antes de conseguirmos a paz nas ruas ela precisa ser conquistada no íntimo de cada um e no ambiente familiar. A atitude pacífica deve ser aprendida e exercitada na vida em família.
Como tudo que envolve o homem a paz não se consegue na canetada de um decreto, com teorias mirabolantes ou num passe de mágica, é uma conquista gradual, a partir do respeito pela própria vida e pela vida do outro.
Alcançaremos um estado de paz relativa, quando nos lares não houver mais: Guerra pelo poder de controlar. Competição. Mentiras. Traições. . Violência verbal. Agressão física.
Desse ponto em diante todas as lutas sociais em prol da paz serão vitoriosas.
Ainda é do nosso feitio usar palavras e frases sem parar para pensar no seu significado real; uma das muitas que usamos relacionada com o tema é: “Sou uma pessoa muito boa e pacifica, desde que não pisem no meu calo, desde que não mexam comigo!”...
Ser manso pacífico é diferente de estar em paz; muitas vezes de forma provisória, sob a ação anestésica das justificativas. Ser manso e pacífico é um estágio definitivo de conquista, no qual o indivíduo não ofende nem se sente ofendido, e vive num estado de ausência de violência sem precisar explicar nem justificar atitudes. Não precisa pedir perdão nem perdoar.
Na fase de não violência ou estar em paz, ainda precisamos perdoar e sermos perdoados de forma condicional num primeiro estágio e depois incondicional numa fase mais avançada. Nosso processo de humanização é lento e gradual; ao tentar conter impulsos agressivos o homem "troglodita" que ainda habita
em nós, dá início ao processo de humanização verdadeira, passo a passo.
Outra coisa que tomamos como verdade: afirmar que o homem agressivo e violento é um animal. É preciso que fique claro que o animal não é agressivo; apenas se defende quando é ameaçado de alguma forma; suas reações são puramente instintivas, exceto nos que convivem há muito tempo com o homem - os chamados animais domésticos possuem uma capacidade de captação mais poderosa do que o das crianças pequenas, tanto que adotam com o passar dos anos, o “ar" ou o "jeitão" dos donos e, assimilam também algo da forma de reagir das pessoas com as quais convivem, por isso eles podem se mostrar agressivos ou dóceis. Quem chama uma pessoa agressiva e violenta de animal está cometendo uma injustiça.
Interessa-nos nesta conversa, a revisão de alguns conceitos relacionados com a paz ou a falta dela segundo a ótica da educação do espírito; em especial o que acontece entre as paredes de um lar. Como nos comportamos na vida em família? Somos da paz ou da guerra? Da concórdia ou da discórdia?

Américo Marques Canhoto - Casado, pai de quatro filhos. Nasceu em Castelo de Mação, distrito de Santarém, em Portugal. Médico da família, clinica desde o ano de 1978. Hoje, atende em São Bernardo do Campo e São José do Rio Preto, Estado de São Paulo. Conheceu o Espiritismo em 1988. Recebia pacientes indicados pelo doutor Eduardo Monteiro. Depois descobriu que esse médico era um espírito.

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sábado, 10 de julho de 2010

Primeira viagem

Pílulas de vida

Marinheiro de primeira viagem, Evilásio pediu a um amigo que o acompanhasse em sua primeira visita ao centro espírita. Depois de atravessar grandes sofrimentos, desejava libertar-se do alcoolismo.
- Sozinho eu não vou. Nunca se sabe.
No dia marcado, levantou-se bem cedo, sentindo-se fraco e derrotado.
Abandonado pela família, vivia sozinho, descontrolado pelas bebedeiras.
- Parar eu quero, mas só Deus pode me ajudar... – Falava em voz alta, como se conversasse com alguém.
Sentou-se na poltrona da sala – único móvel a povoar o recinto – e aguardou o amigo. Pontualmente, Romualdo bateu na sua porta às oito horas.
- Vamos! Já está pronto? – Perguntou o amigo.
- Prontinho para morrer – Respondeu mal-humorado.
Algum tempo depois, no centro espírita, aguardavam o inicio da sessão. Depois de pronunciar uma prece, o dirigente da reunião anunciou o tema da palestra:
“Ajuda-te e o Céu te ajudará”.
Ao final da preleção, Evilásio estava impaciente.
- Ele falou bonito. E agora, o que vai acontecer, Romualdo?
- Vamos aguardar para receber o passe.
- O que eles fazem naquela sala?
- Silêncio, Evilásio. Não é permitido conversar.
As pessoas entravam na sala de passe e saiam por uma porta lateral.
- Não sei não, Romualdo...
Evilásio dirigiu toda sua desconfiança para a câmara de passe.
Seu temor se ampliou ao entrever – no abrir e fechar silencioso da porta – pessoas que se movimentavam na sala, iluminadas apenas por uma tênue lâmpada azulada.
- É sua vez, Evilásio.
- Vai você primeiro, Romualdo.
- Vamos Evilásio, você não pediu ajuda? Eles vão te ajudar!
- Precisa mesmo?
Calado, Romualdo apontou na direção da sala.
Constrangido, Evilásio levantou-se e, passos curtos e hesitantes, entrou.
Sentou-se na cadeira, fechou os olhos e balbuciou:
- Valha-me Deus, Nossa Senhora!
Foi quando ouviu um pedido:
- Pense em Jesus...
Evilásio respirou fundo e, durante alguns instantes, elevou-se, em pensamento a uma instância de paz, um remanso tranqüilo e acolhedor, onde livrou-se de um peso que carregava há muitos anos... Uma indescritível felicidade invadiu seu coração. Depois de ouvir o som de uma sineta, foi convidado a levantar-se e sair por uma porta lateral. No corredor, Evilásio sentiu um impulso irresistível. Retornou ao salão pela porta principal e, diante de um senhor idoso que controlava o acesso das pessoas à sala de passes, perguntou sorridente:
- Será que dá para repetir a dose?

Afonso Moreira Jr. é expositor e colaborador na "Federação Espírita do Estado de São Paulo", diretor responsável pelo "Grupo Espírita Geam", Rua Força Pública, 24 (Santana), São Paulo, SP. Telefone (11) 6221-1464 begin_of_the_skype_highlighting (11) 6221-1464 end_of_the_skype_highlighting, autor de obras paradidáticas e editor do Jornal dos Espíritos, e-mail afonsomoreirajr@jornaldosespiritos.com

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terça-feira, 6 de julho de 2010

As profecias bíblicas sobre a mediunidade estão se cumprindo

“E acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias”. (Joel 2, 28 e 29); e são Pedro (Atos 2, 17 e 18).
Nas traduções “derramarei o meu Espírito ou do meu Espírito”, não se trata do Espírito de Deus. Também nos profetas (médiuns), não é Deus mesmo que se manifesta, mas um espírito de Deus, do bem. Mas as traduções trazem Espírito com letra inicial maiúscula, como se fosse o próprio Deus, que os teólogos passaram a chamar de Espírito Santo. Recomendo aqui a obra “Espiritismo: Princípios, Práticas e Provas”, de Paulo Neto, Ed. Grupo Educação, Ética e Cidadania”, Divinópolis (MG), 2010, um livro espírita de
impacto.
Na conversão de Paulo, foi o Espírito de Jesus que se lhe manifestou e não o Espírito Santo. Quando Pedro foi libertado da prisão por um espírito santo (anjo) e foi para a casa de Maria, mãe de João (são Marcos), as pessoas, supondo que Pedro estivesse morto, acharam que fosse o seu anjo (seu espírito), e não o Espírito Santo, que lhes estivesse manifestandose. (Atos 12, 15). O Espírito de Jesus e não o Espírito Santo disse a Paulo e Timóteo que não fossem para a Abitínia.(Atos 16,7). Paulo teve uma visão de um homem macedônio e não do Espírito Santo, instruindo-o para ir para a Macedônia. (Atos 16, 9). O Espírito que apareceu a Filipe não foi o Espírito Santo. (Atos 8,29).E Pedro ordenou que os gentios fossem batizados em nome de Jesus e não do Espírito Santo. (Atos 10,48).
Você, que me lê, deve estar pensando que eu sou contra o Espírito Santo. Porém a penas defendo um estudo sério e sem dogmas da Bíblia. Eu aceito o Espírito Santo bíblico, que é o conjunto dos espíritos, inclusive o de Jesus, e não o polêmico dos teólogos instituído no 4º século. As traduções e adaptações fraudulentas de textos bíblicos, para darem apoio à teologia dogmática sobre ele e outras doutrinas, estão hoje, cada vez mais, sendo criticadas pelos estudiosos da Bíblia em profundidade, no grego e na Vulgata Latina.
Em 9-6-2010, o “Diário do Nordeste”, do Ceará, noticiou os fenômenos espirituais que estão ocorrendo na Escola de Ensino Fundamental Eduardo Barbosa, do Distrito de Cachoeira BR, no Município de Itatira, com 33 alunos, que são levados aos hospitais da região. Eles entram em transe, têm a voz transformada e depois não se lembram de nada. O padre Guilherme A. de Andrade Pessoa foi convidado para celebrar uma missa na escola.
Mas mesmo durante ela os fenômenos se repetiram. E como 3 alunos da escola morreram em acidentes, o pastor José Carlos, de Lagoa do Mato, admite que os espíritos deles precisam de preces. E porque um espírito pediu orações e missas, conclui-se que ele deve ser de um católico. Estão suspensas as aulas na escola.E o Governo do Ceará já foi informado do assunto.
Quem não vê que esses fenômenos são exemplos do cumprimento das profecias de Joel e de são Pedro, desconhece a Doutrina Espírita ou conhece-a, mas só pelas costumeiras calúnias e difamações de que sempre ela foi e ainda é vítima, justamente porque ela tem verdades bíblicas e científicas incontestáveis, que muito incomodam os profitentes de doutrinas teológicas errôneas, hoje insustentáveis, e que prestam um grande desserviço ao cristianismo!

Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br Clicar colunas. Ela está liberada para publicações. Seus livros: “A Face Oculta das Religiões”, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail:
jreischaves@gmail.com - Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147

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sábado, 3 de julho de 2010

A régua de Deus

A avaliação sempre foi uma tarefa complexa para os seres humanos.
Apesar disso, avaliamos continuamente as pessoas, as situações, os dias...Sempre na busca de uma idéia, uma representação em nossa mente sobre alguma questão. Essa necessidade de se posicionar, de construir uma referência no nosso mundo interior advém da nossa necessidade de segurança em relação ao incerto e ao exterior, onde nós formulamos juízos que preparam defesas e abrem sorrisos.
Jesus, no evangelho, assevera que com a medida que medirmos, seremos medidos, exemplificando a mecânica da avaliação divina, a régua de Deus. Entretanto, em um errôneo pensamento inverso, pensamos que seremos medidos pela nossa medida, julgando que a divindade se utilizará de nossa ótica para nos avaliar, crendo que Deus usará a “nossa régua”.
André Luis, pela Psicografia de Chico Xavier, no seu Conduta Espírita, nos informa que “não é a posição que exalta o trabalhador, mas sim o comportamento moral com que se conduz dentro dela”. Sabedoria profunda emana dessa sentença, que afirma que a avaliação divina é contextualizada sem ser, no entanto, vinculada a amplitude temporal o situacional do cargo. O júbilo está na interação coração-coração e não na dimensão da platéia que nos assiste. “O essencial em seu êxito não é tanto aquilo que você distribui e sim a maneira pelo qual você se decide a servir”, complementa ainda André Luis, no Livro Sinal Verde.
Ou seja, se desconhecidos ou celebridades, a Régua de Deus nos medirá na conduta que apresentamos e não na relevância do Cargo ou da empreitada.
As vezes nos detemos na busca de inaugurarmos hospitais, esquecidos dos necessitados trabalhos que estão em andamento. Buscamos as vezes descerrar placas, esquecendo do verdadeiro envolvimento com as pessoas e com a prática do bem. Cabe sempre relembrar que o saudoso Chico Xavier nos falava da necessidade de querermos encargos e não cargos. O cargo, a evidência, constituem prova para o espírito encarnado, exigindo dele grande sacrifício. Na busca de fazer o bem e colaborar, não podemos nos esquecer
que os meios geram consequencias para os fins.
Não por outro motivo a literatura espírita é farta em pessoas famosas na vida terrena confrontadas a ilustres desconhecidos, que pelos seus méritos galgaram alto nível de elevação em sua encarnação. A carne é efêmera, a Terra é a escola e a conduta reta é a medida, em que pese a nossa era da
comunicação de massa exaltar o contrário.
Celebridades ou anônimos, somos todos espíritos em evolução se alternando em papéis na nossa longa jornada evolutiva rumo a perfeição.
Amados pelo Pai criador e orientados pelo Mestre Jesus, somo todos, do átomo ao arcanjo, sujeitos aos imperativos da Lei, e dessa forma que Deus nos verá.

Marcus Vinicius de Azevedo Braga ( acervobraga@gmail.com ) é Pedagogo e Articulista Espírita, frequenta o Grêmio Espírita Atualpa, em Brasília-DF; e publicou em 2000 o livro " Alegria de servir ", pela Editora da Federação Espírita Brasileira.

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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Nem tanto ao Espírito Santo nem tanto aos infelizes Demônios

Tudo no universo conspira a favor de Deus e de nós, pois Deus sabe até tirar do mal o bem, e Ele jamais criaria dor de cabeça para Ele. No Velho Testamento, o Espírito Santo é um espírito humano. Deus suscitou o espírito santo de um rapaz muito jovem chamado Daniel. (Daniel 13,45, da Bíblia Católica TEB). As iniciais maiúsculas de Espírito Santo das traduções bíblicas são para a interpretação forçada de que Ele é Deus, mas é mesmo um espírito humano. “Nosso corpo é santuário dum (conforme o original grego) Espírito Santo” (1 Coríntios 6,19).
Na verdade há um espírito no homem, e o sopro do Todo-poderoso o faz entendido”. (Jó, 32,8). Sopro na Bíblia é sinônimo de espírito. E, por ser ele emanado de Deus, é santo. E, se cada um de nós é um Espírito Santo, essa palavra é uma espécie de substantivo coletivo de todos os espíritos que nós somos encarnados e desencarnados. “Quando oro em línguas, é o meu próprio espírito que ora.”1 Coríntios 14,14). Não, pois, o Espírito Santo da Trindade que ora através de mim. E o Espírito Santo virou dogma exatamente porque é polêmico.
Mas nós somos geralmente espíritos santos apenas em estado potencial, isto é, ainda não atualizados, pois, por enquanto somos imperfeitos e impuros. Ninguém deixará de pagar tudo até o último centavo. (São Mateus 5,26).Os autores bíblicos chamam também de demônios os espíritos impuros que atormentam as pessoas. E nós somos denominados também na Bíblia de deuses. (São João 10,34; e Salmo 82,6). O espírito de Samuel é um deus. (1 Samuel 28,13). E há em Daniel o espírito dos deuses santos. (Daniel 4,8). As expressões bíblicas “o Espírito de Deus”, “o Espírito do Senhor” e “teu Espírito” nem sempre se referem ao próprio Espírito de Deus, como comumente se pensa, mas a um espírito do bem. “Espíritos dos justos
aperfeiçoados”. (Hebreus 12,23). E Deus ou espíritos em seu nome enviam-nos espíritos iluminados (Hebreus 1,14). “Que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos enviei um espírito de sabedoria”. (Efésios 1,17). “Tirarei do Espírito que está sobre ti, e o porei sobre eles”. (Números 11,17). “O Espírito de Elias repousa sobre Eliseu”. (2 Reis 2,15).
Quando João terminou o Apocalipse, ele fala do anjo, que já é um espírito perfeito e que pode ser até puro, do qual ouvira a descrição desse livro. E declara que se prostrou para adorar esse espírito angélico, que o repreende, dizendo-lhe que era um colega de serviço dele, como os profetas o eram, e que João adorasse apenas a Deus. (Apocalipse 22,8 e 9). Como se vê, esse espírito é humano, pois se iguala a seres humanos: João e os profetas. Ademais, fica evidente que o Apocalipse não é bem de João, pois ele foi apenas o médium (profeta) psicógrafo do espírito angélico narrador do livro. E João errou, ao querer adorar o espírito enviado que narrou o Apocalipse.
Mas há espíritos ainda atrasados que nos perseguem e que nos são enviados até pelo próprio Deus. “E sucedia que quando o espírito maligno da parte de Deus vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa, e a dedilhava; então Saul sentia alívio, e se achava melhor, e o espírito maligno se retirava dele”. (1 Samuel 16,23). Na verdade, Saul o atraia.
Em todos os exemplos citados, os espíritos enviados não são o Espírito Santo da Trindade.
Ademais, só um é impuro. E, mesmo assim, é enviado pelo próprio Deus, demonstrando que Deus atua também por meio de espíritos doentes, que são igualmente seus filhos amados e que até recebem uma atenção mais especial Dele!

Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br Clicar colunas. Ela está liberada para publicações. Seus livros: “A Face Oculta das Religiões”, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.

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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Choro Lamento surgiu de um episódio e preconceito racial

Em depoimento prestado num programa da TV Cultura de São Paulo, o músico e flautista Altamiro Carrilho disse que o choro Lamento, de Pixinguinha, foi composto após o compositor ter sido vítima de preconceito racial.
Disse Altamiro que certa vez, Pixinguinha e seus músicos dirigiram-se a um hotel, no Rio de Janeiro, para fazerem uma apresentação. Ao chegarem na portaria, foi-lhe comunicado que não poderia entrar pelo mesmo local que os outros hóspedes, mas pela porta da cozinha.
Alma nobre, Pixinguinha não discutiu diante da ordem recebida, tão pouco se identificou. Quando, depois, o episódio foi esclarecido, o porteiro, de joelhos, pediu-lhe desculpas, pois não sabia de quem se tratava e estava cumprindo ordens.
Incrível é que o gerente do hotel quis despedir o porteiro. Novamente se revela a fineza de caráter do autor de Carinhoso, que interveio a favor do porteiro, impedindo a demissão.
Ao terminara a apresentação, os músicos estavam reunidos quando Donga apanhou uma partitura e sugeriu que Pixinguinha compusesse uma música, inspirada no acontecimento. Assim surgiu o choro Lamento.
Este episódio está longe de ter-se constituído num caso isolado, perdido no tempo.
Albert Einstein já dizia: “Triste época a nossa, em que é mais difícil quebrar um preconceito, do que um átomo.” O preconceito, próprio da inferioridade humana, sempre aconteceu, em todas as épocas. O Espiritismo, que nos dá a certeza de que, perante Deus, todos somos iguais, também nos conscientiza de que, quando o homem exemplificar, com todas as letras, a Lei do Amor, o preconceito será totalmente extirpado na Terra.

Altamirando Carneiro
alta_carneiro@uol.com.br

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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Os exilados da Capela


Livro de:
EDGARD ARMOND


Os Exilados da Capela é uma das obras de Edgard Armond que trata de forma abrangente a evolução espiritual da humanidade terrestre segundo tradições proféticas e religiosas, apoiadas em considerações de natureza histórica e científica.
Além desta obra, que já é um best seller, o autor nos legou ainda Almas Afins e Na Cortina do Tempo, que compõem uma trilogia sobre os caminhos da humanidade, além de diversas outras obras de conhecimentos doutrinários.
Algumas estavam relativamente esquecidas ou sem condições de serem editadas, apesar de seu grande valor.
Com satisfação, a Editora Aliança reúne agora todas elas numa coletânea denominada Série Edgard Armond.
O leitor ávido de conhecimentos certamente irá apreciá-la, enriquecendo significativamente sua vivência espiritual.

EDGARD ARMOND


I - A CONSTELAÇÃO DO COCHEIRO

- “Nos mapas zodiacais, que os astrônomos terrestres compulsam em seus estudos, observa-se, desenhada, uma grande estrela na Constelação do Cocheiro que recebeu, na Terra, o nome de Cabra ou Capela”.
“Magnífico Sol entre os astros que nos são mais vizinhos, ela, na sua trajetória pelo Infinito, faz-se acompanhar, igualmente, da sua família de mundos, cantando as glórias divinas do Ilimitado." (A Caminho da Luz, Emmanuel, cap. III)
A Constelação do Cocheiro é formada por um grupo de estrelas de várias grandezas, entre as quais se inclui a Capela, de primeira grandeza, que, por isso mesmo, é a alfa da constelação.
Capela é uma estrela inúmeras vezes maior que o nosso Sol e, se este fosse colocado em seu lugar, mal seria percebido por nós, à vista desarmada.
Dista da Terra cerca de 45 anos-luz, distância esta que, em quilômetros, se representa pelo número de 4.257 seguido de 11 zeros.
Na abóbada celeste Capela está situada no hemisfério boreal, limitada pelas constelações da Girafa, Perseu e Lince: e, quanto ao Zodíaco, sua posição é entre Gêminis e Tauro.
Conhecida desde a mais remota antigüidade, Capela é uma estrela gasosa, segundo afirma o célebre astrônomo e físico inglês Arthur Stanley Eddington (1882-1944), e de matéria tão fluídica que sua densidade pode ser confundida com a do ar que respiramos.
Sua cor é amarela, o que demonstra ser um Sol em plena juventude, e, como um Sol, deve ser habitada por uma humanidade bastante evoluída.


* ver O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, perg.188. (Nota da Editora)


Disponibilizo todo o livro para download:  Os exilados da Capela