“Ano novo, vida nova”, cantam as melodias das festividades
do final do ano e as previsões de vária ordem. Que o novo ano seja bom.
Raros são aqueles que não possuem uma visão mística a
respeito do ano novo, como se para o novo ano ser bom dependesse de alguma
decisão transcendente, mística.
Compreendemos que a vida está nas mãos de Deus e que não é
obra do acaso, mas daí a crer que cada minuto esteja predestinado é crer na
fatalidade absoluta e irremediável que tiraria do homem o livre-arbítrio, e ele
não teria méritos e nem seria responsável pelo que fizesse – pensamento
inadmissível para a mais singela inteligência.
Quem desejar produzir alguma coisa terá minutos, horas,
dias, meses à sua disposição durante todo o ano. Mesmo que não conclua seus projetos,
se se dedicar com disposição, terá dado muitos passos adiante. Em muitos
sentidos, mas também neste, disse Jesus: “a cada um segundo as suas obras”;
“batei e abrir-se-vos-á”. Ficar esperando do ano novo a concretização do que
lhe compete fazer por suas forças é o mesmo que ficar parado, aguardando a
estrada se movimentar.
Cada ano é supremamente importante para o Espírito imortal.
Tempo novo para progredir, produzir e construir no sentido material, moral e
espiritual. Entre muitos desafios encontramos os de resgate, que são
oportunidades de se reparar o passado equivocado desta ou de outra vida; também
os de crescimento, que são dificuldades apresentadas pela vida para que o
Espírito exercite os potenciais do sentimento e do intelecto. As facilidades
encontradas podem representar os méritos adquiridos pelo esforço próprio e pelo
bem proceder em sua jornada passada ou atual, porém, sem dúvida, o tempo
presente é oportunidade de o homem edificar um futuro feliz ou infeliz,
dependendo das resoluções que tome, utilizando o seu livre-arbítrio.
Ano novo! Tempo de renovar as propostas para uma vida
melhor.
O ano novo será bom para o homem que aproveitá-lo para ser
bom.
Adelvair David
addavid@ig.com.br
Jales, SP (Brasil)
Imagem ilustrativa
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