segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

E a Vida continua



Psicografado por:
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO DE ANDRÉ LUIZ



Leitor amigo:


Nada te escrevemos, aqui, no intuito de apresentar ou recomendar André Luís, o amigo que se fez credor de nossa simpatia e reconhecimento pelas páginas consoladoras e construtivas que vem formulando do Mundo Espiritual para o Mundo Físico. Entretanto, é razoável se te diga que neste volume, em matéria de vida «post-mortem», ele expõe notícias diferentes daquelas que ele próprio colheu em «Nosso Lar» (1), estância a que aportou depois da desencarnação.
Conquanto as personagens da história aqui relacionadas — todas elas figuras autênticas, cujos nomes foram naturalmente modificados para não ferir corações amigos na Terra — tenham tido, como já dissemos, experiências muito diversas daquelas que caracterizam as trilhas do próprio André Luiz, em seus primeiros tempos na Espiritualidade, é justo considerar que os graus de conhecimento e responsabilidade variam ao infinito.
Assim é que os planos de vivência para os habitantes do Além se personalizam de múltiplos modos, e a vida para cada um se especifica invariavelmente, segundo a condição mental em que se coloque.
Compreensível que assim seja.
Quanto maior a cultura de um Espírito encarnado, mais dolorosos se lhe mostrarão os resultados da perda de tempo. Quanto mais rebelde a criatura perante a Verdade, mais aflitivas se lhe revelarão as conseqüências da própria teimosia.
Além disso, temos a observar que a sociedade, para lá da morte, carrega consigo os reflexos dos hábitos a que se afeiçoava no mundo.
Os desencarnados de uma cidade asiática não encontram de imediato, os costumes e edificações de uma cidade ocidental e vice-versa.
Nenhuma construção digna se efetua sem a cooperação do serviço e do tempo, de vez que a precipitação ou a violência não constam dos Planos Divinos que supervisionam o Universo.
Para não nos alongarmos em apontamentos dispensáveis, reafirmamos tão-somente que, ainda aqui, encontraremos, depois da grande renovação, o retrato espiritual de nós mesmos com as situações que forjamos, a premiar-nos pelo bem que produzam ou a exigir-nos corrigenda pelo mal que estabeleçam... Leiamos, assim, o novo livro de André Luiz, na certeza de que surpreenderemos em suas páginas muitos pedaços de nossa própria história, no tempo e no espaço, a solicitar-nos meditação e auto-exame, aprendendo que a vida continua plena de esperança e trabalho, progresso e realização, em todos os distritos da Vida Cósmico, ajustada às leis de Deus.

(1) “Nosso Lar”, André Luiz. — Nota de Emmanuel.


EMMANUEL
Uberaba, 18 de abril de 1968

Disponibilzo todo o livro para download:  E a Vida continua

sábado, 9 de janeiro de 2010

Bases do corpo de Doutrina.



Ensinos Fundamentais



- Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. é eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.

- O Universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados, materiais e imateriais.

- Além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados, que são os homens, existe o mundo espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados.

- No Universo há outros mundos habitados, com seres de diferentes graus de evolução: iguais, mais evoluídos e menos evoluídos que os homens.

- Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o seu autor. Abrangem tanto as leis físicas como as leis morais.

- O homem é um Espírito encarnado em um corpo material. O perispírito é o corpo semimaterial que une o Espírito ao corpo material.

- Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos Espíritos, que preexiste e  sobrevive a tudo.

- Os Espíritos são criados simples e ignorantes. Evoluem, intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de inalterável felicidade.

- Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação.

- Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu próprio aprimoramento.

- Os Espíritos evoluem sempre. Em suas múltiplas existências corpóreas podem estacionar, mas nunca  regridem. A rapidez do seu progresso intelectual e moral depende dos esforços que façam para chegar à perfeição.

- Os Espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado: Espíritos Puros, que atingiram a perfeição máxima; Bons Espíritos, nos quais o desejo do bem é o que predomina; Espíritos Imperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelo desejo do mal e pelas paixões inferiores.

- As relações dos Espíritos com os homens são constantes e sempre existiram. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, sustentam-nos nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os imperfeitos nos induzem ao erro.

- Jesus é o guia e modelo para toda a Humanidade. E a Doutrina que ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus.

- A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela Humanidade.

- O homem tem o livre-arbítrio para agir, mas responde pelas conseqüências de suas ações.

- A vida futura reserva aos homens penas e gozos compatíveis com o procedimento de respeito ou não à Lei de Deus.

- A prece é um ato de adoração a Deus. Está na lei natural e é o resultado de um sentimento inato no homem, assim como é inata a idéia da existência do Criador.

- A prece torna melhor o homem. Aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo, é este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.


terça-feira, 29 de dezembro de 2009

RETORNO DA VIDA CORPORAL À VIDA ESPIRITUAL



 PERTURBAÇÃO ESPIRITUAL


Considerações de Allan Kardec
( Desencarne )


No momento da morte, tudo é inicialmente confuso; a alma necessita de algum tempo para se reconhecer. Ela fica atordoada, semelhante à situação de uma pessoa que desperta de um profundo sono e procurase dar conta da situação. A lucidez das idéias e a memória do passado voltam à medida que se apaga a influência da matéria da qual acaba de se libertar e à medida que se vai dissipando uma espécie de névoa que obscurece seus pensamentos.
O tempo da perturbação que se segue à morte do corpo é bastante variável. Pode ser de algumas horas, de muitos meses ou até mesmo de muitos anos. É menos longa para aqueles que se identificaram já na vida terrena com seu estado futuro, porque compreendem imediatamente sua posição.
Essa perturbação apresenta circunstâncias particulares de acordo com o caráter dos indivíduos e, principalmente, com o gênero de morte.
Nas mortes violentas, por suicídio, suplício, acidente, apoplexia3, ferimentos, etc., o Espírito fica surpreso, espantado e não acredita estar morto. Sustenta essa idéia com insistência e teimosia. Entretanto, vê seu corpo, sabe que é o seu e não compreende que esteja separado dele. Procura aproximar-se de pessoas que estima, fala com elas e não compreende por que não o escutam. Essa ilusão dura até o completo desprendimento do perispírito. Só então o Espírito reconhece o estado em que se encontra e compreende que não faz mais parte do mundo dos vivos. Esse fenômeno se explica facilmente. Surpreendido pela morte,
o Espírito fica atordoado com a brusca mudança que se operou nele. A morte é, para ele, sinônimo de destruição, de aniquilamento. Mas, como ainda pensa, vê, escuta, não se considera morto. O que aumenta ainda mais sua ilusão é o fato de se ver num corpo semelhante ao anterior, cuja natureza etérea não teve ainda tempo de estudar. Acredita que seja sólido e compacto como o primeiro; e quando percebe esse detalhe, se espanta por não poder apalpá-lo. Esse fenômeno é semelhante ao que acontece com os sonâmbulos inexperientes que não acreditam dormir, porque, para eles, o sono é sinônimo de suspensão das atividades, e, como podem pensar livremente e ver, julgam não estar dormindo. Alguns Espíritos apresentam essa particularidade, embora a morte não tenha acontecido inesperadamente. Porém, é sempre mais generalizada naqueles que, apesar de estar doentes, não pensavam em morrer. Vê-se, então, o singular espetáculo de um Espírito assistir ao seu enterro como sendo o de um estranho e falando sobre o assunto como se não lhe dissesse respeito, até o momento em que compreende a verdade.
A perturbação que se segue à morte nada tem de pesaroso para o homem de bem! É calma e muito semelhante à de um despertar tranqüilo. Para aquele cuja consciência não é pura, a perturbação é cheia de ansiedade e angústias que aumentam à medida que reconhece a situação em que se encontra.
Nos casos de morte coletiva, tem-se observado que os que perecem ao mesmo tempo nem sempre se  revêem imediatamente. Na perturbação que se segue à morte, cada um vai para seu lado, ou apenas se preocupa com aqueles que lhe interessam.

Material extraído do Cap. 3, item 3 de o Livro dos Espíritos, imagem somente ilustrativa.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Fatos interessantes


Escrito por:

D A N I E L   D E F O E

(O romance de Robinson Crusoé conta a história de um marinheiro que aos 18 anos naufragou numa ilha deserta e ali viveu durante 25 anos de solidão e dificuldades, procurando criar um mundo para si mesmo.)


ROBINSON CRUSOE 
É UM LIVRO ESPÍRITA


                    Daniel  Defoe 
Quem iria desconfiar que o inocente romance do inglês Daniel Defoe (1660/1731) traria para as crianças um pouco da doutrina dos Espíritos? Um dos nossos assinantes destacou vários trechos que se encontram nas edições completas, embora não tenham sido incluídas nas edições especiais mais resumidas. São trechos de alta filosofia moral e profundo sentimento religioso. Como os seguintes

"Por isso eu transformei em lei para mim mesmo nunca deixar de atender a essas vozes misteriosas que nos aconselham a tomar tal caminho, a fazer ou não tal coisa, embora não encontremos nenhuma razão para essa obediência. Mas eu tenho muitos exemplos para mostrar que o atendimento a essas advertências produziram ótimos resultados principalmente na parte final de minha permanência nesta ilha infeliz, sem falar nas inúmeras ocasiões em que eu sei que isso teria sido útil se meus olhos estivessem abertos."
"Eu mesmo não posso dizer que existam, atualmente, aparições verdadeiras, espectros ou pessoas mortas que voltam a andar pelo mundo, ou se isso tem origem nas visões de cérebros doentes ou imaginações desordenadas; só sei que a minha imaginação me lança a exageros fantásticos a ponto de imaginar às vezes estar em meu velho castelo, rever meu Espanhol, o pai de Sexta-feira e os marinheiros que deixei aqui; chego mesmo a conversar com eles como se estivessem ali, à minha frente. Isso tem ocorrido tantas vezes que não me assustam mais."
"Quem não examina seriamente o sentido dessa voz secreta que pensamos ouvir, está se privando de muitos conselhos bons, tão necessários à nossa vida neste mundo."
"É extremamente consolador a quem escuta essa voz concluir que um poder invisível e infinitamente poderoso procura orientar e manejar nossos interesses em todos os momentos. Com atenção religiosa é impossível não perceber essa proteção, sabendo que não deve a ajuda à nossa própria cautela, mas unicamente ao socorro eficiente de um poder infinito que nos favorece todo o tempo porque nos ama."

"Para mim, as inspirações são apenas discursos soprados em nossos ouvidos pelos anjos bons que nos ajudam ou por esses diabos espertos que ficam nos espreitando todo o tempo para nos ver cair em alguma armadilha. A única maneira de identificar os autores desses discursos é permanecer em guarda e examinar se as nossas inspirações vão nos conduzir para o bem ou para o mal."

Observação - O livro de Daniel Defoe foi lançado em 1719 mas suas afirmativas parecem fazer parte da Doutrina Espírita de hoje. Em uma comunicação dada à Sociedade de Paris depois de lermos esses trechos, seu Espírito nos disse que pertencia à seita dos Teósofos que, de fato, seguia esses mesmos princípios. Por que, então, a doutrina não se desenvolveu já naquela época? Em primeiro lugar, as doutrinas dos Teósofos eram secretas e a Providência ainda não julgara ter chegado o tempo das manifestações dos Espíritos. E a Doutrina veio proporcionar o esclarecimento maior.


Extraído da Obra:  Revelações da Revista Espírita de Allan Kardec ( FEESP )



Manifestação mediúnica no passado


Revista Espírita – Novembro 1867

Por volta de 1700, já havia um famoso médium de cura;
era um Padre.

O PADRE GASSNER



No n° 24 do jornal A Exposição Ilustrada Popular, encontramos uma notícia curiosa sobre o padre Gassner, muito famoso na época por seu poder de cura. Está num artigo chamado "Correspondência sobre taumaturgos". Diz o seguinte:
"Jean Joseph Gassner nasceu em 20 de agosto de 1727 em Bratz; fez seus primeiros estudos em Inspruck e em Praga, recebeu as ordens eclesiásticas e passou a exercer seu cargo na região dos Grisons.
"Depois de quinze anos de vida na clausura, revelou-se ao mundo com a força excepcional de curar todas as doenças apenas impondo as mãos, gratuitamente e sem utilizar nenhum medicamento. Os enfermos começaram a surgir de todas as partes, e, logicamente, teve como maior inimigo todo o corpo médico. Uns reconheciam suas curas maravilhosas, outros as contestavam.
"O bispo de Constance abriu um inquérito contra ele. Durante a investigação feita pelo diretor do seminário, Gassner declarou que jamais pretendera fazer nenhum milagre e que estava somente exorcizando os demônios em nome de Jesus Cristo, utilizando o poder que a própria ordenação conferia a todos os padres de expulsar os demônios causadores de todos os males do mundo.
O duque de Wurtemberg assumiu abertamente que era seu admirador e protetor, mas suas curas famosas na Suíça, na Alemanha e na França, também atraíram poderosos adversários. Vários bispos se colocaram igualmente contra ele e Gassner acabou proibido de praticar exorcismo em suas dioceses. Sua vida foi uma seqüência de curas e perseguições da igreja e dos médicos até 1777, quando foi encarregado da paróquia de Bondorf. Faleceu dois anos depois com 52 anos.

Observação - De um modo geral, a imprensa costuma dar o nome de taumaturgo (com o sentido pejorativo de "milagreiro") aos médiuns de cura, mas queremos deixar aqui nosso protesto a esse tipo de qualificação, pois o médium de cura só faz o que está dentro das leis da natureza. Os fenômenos espirituais não podem ser considerados milagres, pois o elemento espiritual é apenas uma das forças da natureza, exatamente como o elemento material. A insistência em dar essa denominação aos médiuns mostra que os tempos não mudaram muito até a data de hoje.

Extraído da Obra: Revelações da Revista Espírita de Allan Kardec ( FEESP )