quinta-feira, 16 de abril de 2015

Coerência no comportamento


Valores como a honestidade, a decência, a compostura e naturalmente que a plena identificação deles com as crenças que dizemos defender, revelam a coerência no comportamento social. Como conciliar atitudes indecorosas, violentas ou de atentado aos bons costumes em homens e mulheres que se dizem cristãos? 
Sim, imagine o leitor um cidadão – seja qual for a religião a que se filie – que age em discordância com os ensinos que diz seguir. Existe aí uma grande incoerência entre o que "prega" e o que vive. Por sua vez, as religiões não podem responder pelo comportamento de seus seguidores. Todo comportamento contrário aos ensinos da religião, da moral, deve ser creditado à insânia humana que insiste em burlar a própria consciência. 
 Vários exemplos podem ser citados: a) Bêbados que fazem arruaças e responsabilizam o governo ou justificam-se reclamando da sorte; b) Violências de toda ordem, espancamentos em casa, traições conjugais ou gritos incontroláveis, levados a conta de gênio ruim; c) Desordens sociais, roubos e vandalismos considerados como meros divertimentos; d) Corrupção espalhada, permanecendo-se a noção do correto e do respeito às pessoas e às instituições. 
 Na verdade, nada é falta de sorte, culpa do governo ou de quem quer que seja. Age-se dessa ou daquela forma porque se permite a si mesmo adotar este ou aquele comportamento. Nada justifica um gesto de violência, de desrespeito ou de imoralidade senão a própria decisão individual marcada de desequilíbrio. 
 É comum, por exemplo, alguém justificar um comportamento agressivo e incontrolável por conta de suposta influência de espíritos, responsabilizando-os por atos desrespeitosos e antissociais. Ora, assim é fácil justificar! Pode acontecer momentaneamente, mas o domínio do próprio comportamento pertence a cada um. Os espíritos são os homens – antes de virem ao mundo ou depois de partirem dele – e conservam, portanto, suas qualidades ou defeitos morais. Podem ser sábios ou ignorantes, bons ou mal intencionados, mas todos são senhores da própria vontade. Quem se deixa levar a atitudes agressivas, a atos desrespeitosos, imorais, prova por si só que é ele mesmo agressivo, imoral, desrespeitoso. Justificar o próprio comportamento à conta da presença de espíritos é atitude de fuga que não condiz à própria realidade individual. 
 Não se pode creditar responsabilidade à Doutrina Espírita, por exemplo, diante de atitudes de supostos médiuns ou pseudoespíritas desconhecedores da proposta essencial do Espiritismo: a renovação moral do ser humano. O espírita sincero é aquele que preocupa-se em melhorar a si mesmo. É alguém em luta consigo mesmo para aperfeiçoar-se, melhorar o comportamento e agir coerentemente com o Evangelho de Jesus, base da Doutrina Espírita. O espírita, como qualquer outro cidadão, é homem comum, que reconhece os próprios limites e sabe que tem o dever de progredir moralmente e trabalhar para um ambiente melhor no planeta.

Orson Peter Carrara

terça-feira, 14 de abril de 2015

Fazendo o que dá, mas fazendo…


A eficácia nos diz para fazermos o que dê resultado. A eficiência, o que der resultado a menor custo e mais rápido. A conformidade nos diz para fazermos o que a Lei manda e a moralidade nos fala de fazermos a coisa certa. Na vida, vamos fazendo o que damos conta… 
Ainda que identifiquemos o que deve ser feito, nossos famosos objetivos reencarnatórios, cabe pensar que como humanos limitados, ainda que isso represente um certo grau de maturidade, temos grande dificuldade de transcender a identificação para a ação. Falar é fácil, fazer é que são elas! 
Mas, apesar da pequenez dos resultados, pensemos na grandeza dos esforços, na maravilha de conseguirmos, cotidianamente, insistir no que acreditamos como melhor, com a paciência dos vitoriosos e a teimosia dos que chegam lá. 
Roma não foi feita em um dia! A reencarnação não é feita de um dia! A cada passo, humilde, mas firme, avançamos. Como dito certa vez em uma palestra por Divaldo Franco: “(…) quem faz o que pode, faz o máximo”. Façamos o que está a nosso alcance, fiéis aos nossos propósitos e conscientes de nossas limitações. 
Diante de grandes desafios, de tarefas gigantes, como são as montanhas de nossas imperfeições, temos a frente o caminho da inércia, da estagnação, da fuga de nós mesmos. Porta larga que nos conduz a adiar os enfrentamentos naturais da evolução. 
Mas, existe o caminho do trabalho, de diante dos problemas, verificar o que pode ser feito, e fazê-lo! Sempre é possível avançar, um milímetro que seja, pelo esforço na tarefa da evolução. Assim o é, as vezes avançamos mais rápido, as vezes demoramos mais, em ciclos, como na vida. 
Após o erro, o momento de queda, a tendência é “largar de mão”, mas ali, nessa hora, é que devemos realmente nos ver como jornadeiros de evolução, como espírito que irá superar mais aquela situação. Vergonha? Somente de não caminhar! 
Assim, façamos o que dá, mas façamos. Responderemos pelos nossos minutos encarnados com uma régua de esforço, de intenção, e a benção da oportunidade deve ser sempre aproveitada, da melhor maneira. Possível… 

Marcus Vinicius de Azevedo Braga

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sábado, 11 de abril de 2015

Intercâmbio mediúnico pela incorporação e com acentuada psicofonia

VEJAM ESSE VÍDEO !!!!!!!!!!!Reparem a voz ... é do Chico Xavier ... não tem como ter dúvida!!É de arrepiar !!!!Vejam a msg !!!Assim Seja Amém BjoKeniah Keniah

Posted by Keniah Aguiar on Terça, 3 de março de 2015

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Um minuto com Chico Xavier


Importante revelação foi feita por Chico Xavier a respeito da Constituição de 1934, resultante da Assembleia Nacional Constituinte de 1933.
A Revolução Constitucionalista de 1932, como a denominação esclarece, pretendia o estabelecimento de um período constitucional, baseado em um texto que fosse resultante da vontade popular, através de uma Constituinte.
Naquela época, ou seja, em 1933 — declarou Chico Xavier em uma de nossas reuniões —, o médium Fred Figner fez uma prece-apelo aos espíritos para que, se fosse decisão do Alto, que uma entidade pudesse manifestar-se a respeito da Constituinte que ia ser escolhida, para o objetivo de redigir a nova Carta Magna do País.
Esclareceu, ainda, que realmente o Alto atendeu ao apelo de Fred Figner e, através de uma mensagem recebida por Chico Xavier, veio uma conclamação aos espíritas para que estivessem mobilizados e atentos na defesa dos princípios doutrinários e, mais particularmente, quanto à liberdade de culto e o princípio de separação da Igreja e do Estado.
Devemos observar que Ruy Barbosa foi companheiro de Bezerra de Menezes na Câmara dos Deputados, juntamente com Joaquim Nabuco, Joaquim Manuel de Macedo, e tantos outros nomes de expressão na política e nas letras do País.
Mais outra observação: na Oração aos Moços para os acadêmicos de Direito da Faculdade do Largo de São Francisco, em 1921, Ruy Barbosa já afirmava sua visão espiritualista da vida.
Ainda na década de 20, em Poços de Caldas, um importante fenômeno aconteceu: Ruy Barbosa foi chamado por jovens da sociedade paulista, que ali passavam suas férias e que recebiam mensagens através do copo, como era hábito na época, e isto porque uma delas era em inglês, e Ruy Barbosa admirou-se: a mensagem em inglês tinha o estilo do jornalista William Stead que era seu amigo e fora seu companheiro em Haia, durante a Conferência Mundial da Paz.
Só muitos dias depois, Ruy Barbosa, que havia estranhado a mensagem, pois seu companheiro estava vivo, soube que Stead morrera no afundamento do Titanic!

(Texto de Freitas Nobre - outubro de 1986, extraído do livro “Lições de Sabedoria”, de Marlene Rossi Severino Nobre, editado pela Folha Espírita.)

José Antônio Vieira de Paula
depaulajoseantonio@gmail.com
Cambé, Paraná (Brasil)

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