Importante revelação foi feita por Chico Xavier a respeito
da Constituição de 1934, resultante da Assembleia Nacional Constituinte de
1933.
A Revolução Constitucionalista de 1932, como a denominação
esclarece, pretendia o estabelecimento de um período constitucional, baseado em
um texto que fosse resultante da vontade popular, através de uma Constituinte.
Naquela época, ou seja, em 1933 — declarou Chico Xavier em
uma de nossas reuniões —, o médium Fred Figner fez uma prece-apelo aos
espíritos para que, se fosse decisão do Alto, que uma entidade pudesse
manifestar-se a respeito da Constituinte que ia ser escolhida, para o objetivo
de redigir a nova Carta Magna do País.
Esclareceu, ainda, que realmente o Alto atendeu ao apelo de
Fred Figner e, através de uma mensagem recebida por Chico Xavier, veio uma
conclamação aos espíritas para que estivessem mobilizados e atentos na defesa
dos princípios doutrinários e, mais particularmente, quanto à liberdade de
culto e o princípio de separação da Igreja e do Estado.
Devemos observar que Ruy Barbosa foi companheiro de Bezerra
de Menezes na Câmara dos Deputados, juntamente com Joaquim Nabuco, Joaquim
Manuel de Macedo, e tantos outros nomes de expressão na política e nas letras
do País.
Mais outra observação: na Oração aos Moços para os
acadêmicos de Direito da Faculdade do Largo de São Francisco, em 1921, Ruy
Barbosa já afirmava sua visão espiritualista da vida.
Ainda na década de 20, em Poços de Caldas, um importante
fenômeno aconteceu: Ruy Barbosa foi chamado por jovens da sociedade paulista,
que ali passavam suas férias e que recebiam mensagens através do copo, como era
hábito na época, e isto porque uma delas era em inglês, e Ruy Barbosa
admirou-se: a mensagem em inglês tinha o estilo do jornalista William Stead que
era seu amigo e fora seu companheiro em Haia, durante a Conferência Mundial da
Paz.
Só muitos dias depois, Ruy Barbosa, que havia estranhado a
mensagem, pois seu companheiro estava vivo, soube que Stead morrera no
afundamento do Titanic!
(Texto de Freitas Nobre - outubro de 1986, extraído do livro
“Lições de Sabedoria”, de Marlene Rossi Severino Nobre, editado pela Folha
Espírita.)
José Antônio Vieira
de Paula
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