Nalgum lugar do maravilhoso livro de Roberto Cabral, O
Violinista de Veneza, se explica que a vida por vezes nos encurrala, via
aparentes "coincidências", com mudanças necessárias de pensamentos,
de iniciativas, a fim de nos conduzir a um estado de felicidade espiritual mais
pleno. Em poucas vezes deparei noutras leituras tamanha expressão da verdade!
De uns quatro dias para cá eu andava encantada depois de
assistir à versão cinematográfica da obra-prima de Victor Hugo, Os Miseráveis.
Porque, como apreciadora de literatura, me confirmo fã incondicional do
legendário poeta e escritor francês, desde os tempos em que, cursando a
faculdade de Letras, escancaram-se ao meu acesso os grandes clássicos
literários universais!
Paralelo a isso, eu contava já de há mais de um mês com uma
extensa fila de livros novos para ler. Mas o começo de ano corrido, em ritmo
frenético com férias, viagens, taxas a pagar, entre outra extensa série de
compromissos, acabou por me empurrar involuntariamente este prazer para um momento
mais pacificado. Ainda porque, em se tratando de obras de teor espírita,
necessito particularmente de estado de espírito condizente e atmosfera propícia
para a devida assimilação do conteúdo, desfrutando, deste modo, da leitura
assim como acontece quando sorvemos aos poucos uma aromática xícara de café!
Ontem, uma sexta-feira, sentindo chegado enfim um momento
adequado, olhei para a sacola da livraria ainda do mesmo jeito guardada sobre a
escrivaninha, com os livros. Já tinha me ocorrido no mesmo dia umas duas vezes
a ideia de começar com a citada obra de Roberto Cabral, obviamente comprada em
sintonia espontânea com a aura que, de tempos a esta parte, me cerca desde que
se iniciou minha parceria mediúnica com Iohan, o querido músico das esferas invisíveis
que fora violinista em mais de uma de suas reencarnações anteriores. Até aquele
momento, portanto, apenas intuindo que possivelmente ele tivesse participado da
influenciação à compra do livro, meio a meio com minhas próprias inclinações,
tomei-o para ler e, ignorando a programação enfadonha da TV, joguei-me
gostosamente no sofá da sala, começando. E não consegui mais me separar da
leitura! Por razões que impressionavam!
Precisaria narrar detalhadamente o conteúdo do livro para
melhor explicar, mas, para os fins deste artigo, resumo que trata-se da
história de um professor de violino que, na Europa do século XIX e em Veneza,
se vê afastado de seu grande amor, a menina dos olhos de anjo e sua aluna, por
causa da sua resistência teimosa em não aceitar ou, ao menos, não querer
investigar com isenção os fenômenos mediúnicos das mesas girantes que
avassalavam a Europa naquela época, principalmente a partir da França, quando -
vejam, Victor Hugo! - em pleno tempo de exílio, se dedicava com fervor ao estudo
de todos estes fatos, promovendo, ele mesmo, as reuniões com as mesas!
Ora, conforme eu ia lendo, lembrava-me também do nosso
próprio romance, lançado ano passado, Sonata ao Amor, contando o drama sofrido
de Iohan em sua última reencarnação: um professor de violino vitimizado pela
prova dolorosa de ser um portador do HIV, e toda a sua luta ao apaixonar-se por
uma aluna, tendo que enfrentar os preconceitos da sociedade, e encontrando,
junto a ela, a redenção de seus dilemas, ao deparar as explicações situadas
todas nos episódios trágicos de suas vidas anteriores! E comecei a desconfiar
que o querido mentor de nossas atuais parcerias literárias, de caso pensado, me
havia conduzido a esta obra inspirada, de Roberto Cabral, a fim de ainda uma
vez ilustrar como tudo é encadeamento e simbiose de intenções quando nos
dispomos a trabalhar na missão de divulgação das verdades maiores da vida, sem
esmorecimentos, o que vez ou outra ameaça o médium mergulhado nas canseiras e
compromissos que o enredam em várias frentes durante sua trajetória material! E
após ler, empolgada, a passagem na qual o protagonista, Antônio, promove
voluntariamente uma breve sessão mediúnica de confirmação da presença de um
Espírito em sua casa, a partir de perguntas respondidas com pancadas, me
ocorreu, ao me recolher para dormir ontem, pedir o mesmo ao meu paciente amigo
da invisibilidade. Queria dele, ainda uma vez, a bondade de uma confirmação da
sua influenciação naquele caso, para não ficar dada a achar se tratar de uma
coincidência sem cabimento, e, diga-se, grandemente desanimadora, quando tantos
detalhes concorriam para me comprovar exatamente o contrário! Assim,
encerrei-me em meu quarto perto da meia-noite, e me coloquei em estado de prece
e concentração.
No entanto, empolgada pela iniciativa de improviso, e
momentaneamente esquecida de que cada mentor nos acessa em dependência direta
da sintonia com os recursos fluídicos do próprio médium, cometi o equívoco de
solicitar dele um tipo estrito de resposta no formato do que promoveu o protagonista
do livro. Pedi que, se fosse de fato verdade a sua presença e influenciação
para ler justo aquela obra, com intenção benéfica de incrementar certezas
apaziguadoras na sua medianeira, a fim de darmos continuidade tranquila aos
nossos projetos de futuro, que desse uma pancada leve no quarto, em sinal de
"sim". Mas passaram os minutos, para minha decepção, no mais franco
silêncio!
Todavia, antes de me abandonar a um estado de desânimo
absoluto, após repetir inutilmente a solicitação mal refletida, ocorreu-me
mergulhar de novo em prece fervorosa a Jesus, renovando meu pedido, mas de modo
diferente. Atinei para o fator importante de que devem prevalecer nestas
vivências o sentido de utilidade real, o que só é bem avaliado a partir da
ótica de cima dos mentores. Atinando com o meu engano, disse a Iohan que
entendia que talvez meu modo de pedir fosse equivocado, e mesmo o propósito ou
o momento em que solicitava dele este favor. E que, então, se lhe fosse
possível me responder com o mesmo "sim" de forma mais apropriada aos
meus recursos mediúnicos, que o fizesse por influenciação mental, como costuma
se comunicar comigo. Ou através de sugestão ocasional à minha filha, naquele
instante ainda acordada em seu quarto, ou ainda a meu pai - atualmente residindo
em Aracaju - para enviar-me uma mensagem qualquer pelo celular. E eu entenderia
aquilo como uma confirmação condigna!
Pois não se passaram cinco minutos desta nova solicitação,
amigo leitor, e ao meu lado na cama, no escuro do quarto, soou o celular com duas
mensagens de meu pai, versando sobre assuntos cotidianos!
Eis, portanto, e oferecida de maneira maravilhosa,
encantadora, a resposta deste outro exímio violinista da vida invisível e um de
meus mentores! A confirmação tão ansiada!
A resposta de Iohan!
Christina Nunes
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
Imagem ilustrativa
Lindo !!! Fantástico !! Amo e admiro com muito respeito essas situações aqui descritas !!! Confesso que sinto até uma " inveja" ; mas construtiva , pois um dia , por adiantamento moral, sei que vivenciarei este tipo de situações com nossos irmãos espirituais🌈🌠❤🌻.
ResponderExcluirLindo !!! Fantástico !! Amo e admiro com muito respeito essas situações aqui descritas !!! Confesso que sinto até uma " inveja" ; mas construtiva , pois um dia , por adiantamento moral, sei que vivenciarei este tipo de situações com nossos irmãos espirituais🌈🌠❤🌻.
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