sexta-feira, 17 de abril de 2015

Passe Magnético



1 – Usa-se, com frequência, no meio espírita, o termo “médium passista”. Todo passista é médium? 

O passe magnético não é um ato mediúnico. Trata-se de uma transfusão de energia magnética, algo semelhante à transfusão de sangue. Não é preciso uma condição especial para doar sangue. Apenas que o doador seja saudável. O mesmo acontece com o passe. Qualquer pessoa pode aplicá-lo, desde que conheça a técnica e se submeta às disciplinas que lhe são inerentes. 

2 – Não há a intervenção dos Espíritos, na aplicação do passe? 

Eles colaboram, oferecendo algo de seu próprio magnetismo, que se casa ao do passista, mas não ocorre o transe que caracteriza a manifestação mediúnica. 

3 – Fala-se em “magnetismo animal” e “magnetismo espiritual”. Qual a diferença? 

Magnetismo animal ou humano seria o do próprio passista. Magnetismo espiritual seria o dos Espíritos que colaboram no processo. Considera-se que o magnetismo animal seria mais apropriado para problemas físicos, envolvendo enfermidades diversas. Daí a convocação de companheiros de boa vontade, dispostos à doação, nesse serviço. O magnetismo espiritual seria dos Espíritos desencarnados, destinado a problemas psíquicos. Consideremos, entretanto, que o passista é um Espírito, reencarnado. Portanto, ao aplicar o passe, ele também fornece o magnetismo espiritual. 

4 – Jesus era um passista? 

Sem dúvida. Tinha plena domínio sobre o assunto, e um potencial magnético inigualável. Daí os prodígios que operava. Ele afirmava que tudo o que fazia, poderemos fazer. Estamos longe de seus poderes, mas, com boa vontade, dedicação e pureza de sentimentos, estenderemos benefícios a muita gente. 

5 – A eficiência do passe magnético depende da capacidade do passista? 

Depende muito mais da receptividade do paciente. Na câmara de passes, onde é feita a aplicação de magnetismo, há um ambiente vibratório coletivo, formado pela contribuição de todos os passistas. Não há, portanto, por que imaginar que este ou aquele colaborador é mais eficiente. O fator preponderante é a postura do paciente, sua fé e o empenho de renovação. 

6 – Isso também acontecia com Jesus? 

O Mestre deixou isso bem claro, em duas expressões que usava com freqüência. A primeira: “tua fé te salvou”. Nem todos eram curados. Havia uma condição essencial: a fé, a certeza de que haveria o benefício da cura. Não se tratava de premiar os fervorosos, mas, apenas atender aos imperativos da sintonia. Quem acreditava, sintonizava com Jesus e podia ser beneficiado. A outra expressão: “vai e não peques mais, para que não te suceda pior”, significa que os nossos males estão subordinados ao comportamento. Portanto, é preciso que estejamos dispostos a mudar, superando nossas mazelas. Caso contrário, eles sempre recrudescerão. 

7 – O passe magnético seria, então, um tratamento de superfície? 

Exatamente. Cuida dos efeitos. As causas de nossos males somente nós poderemos remover, com a famosa reforma íntima, à luz dos princípios de Jesus. É por essa razão que a aplicação de passes, no Centro Espírita, deve ser sempre precedida de palestras doutrinárias, oferecendo às pessoas que procuram o benefício desse abençoado serviço os esclarecimentos necessários. 

8 – E se a pessoa tem muita fé, acredita no passe, mas não está disposta à renovação? 

Com o tempo o passe deixará de surtir efeito. André Luiz diz que os mentores espirituais são condescendentes. Ajudam por dez vezes, quando nos submetemos ao tratamento magnético, aliviando nossos padecimentos. Depois disso, se continuamos acomodados, suspendem o amparo e deixam a Dor usar de seus rigores para nos convencer de que é preciso mudar. 

Livro Mediunidade, Tudo o que você precisa saber.
Autor: Richard Simonetti

Fonte: http://www.mensagemespirita.com.br/mensagem-em-video/718/passe-magnetico

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Coerência no comportamento


Valores como a honestidade, a decência, a compostura e naturalmente que a plena identificação deles com as crenças que dizemos defender, revelam a coerência no comportamento social. Como conciliar atitudes indecorosas, violentas ou de atentado aos bons costumes em homens e mulheres que se dizem cristãos? 
Sim, imagine o leitor um cidadão – seja qual for a religião a que se filie – que age em discordância com os ensinos que diz seguir. Existe aí uma grande incoerência entre o que "prega" e o que vive. Por sua vez, as religiões não podem responder pelo comportamento de seus seguidores. Todo comportamento contrário aos ensinos da religião, da moral, deve ser creditado à insânia humana que insiste em burlar a própria consciência. 
 Vários exemplos podem ser citados: a) Bêbados que fazem arruaças e responsabilizam o governo ou justificam-se reclamando da sorte; b) Violências de toda ordem, espancamentos em casa, traições conjugais ou gritos incontroláveis, levados a conta de gênio ruim; c) Desordens sociais, roubos e vandalismos considerados como meros divertimentos; d) Corrupção espalhada, permanecendo-se a noção do correto e do respeito às pessoas e às instituições. 
 Na verdade, nada é falta de sorte, culpa do governo ou de quem quer que seja. Age-se dessa ou daquela forma porque se permite a si mesmo adotar este ou aquele comportamento. Nada justifica um gesto de violência, de desrespeito ou de imoralidade senão a própria decisão individual marcada de desequilíbrio. 
 É comum, por exemplo, alguém justificar um comportamento agressivo e incontrolável por conta de suposta influência de espíritos, responsabilizando-os por atos desrespeitosos e antissociais. Ora, assim é fácil justificar! Pode acontecer momentaneamente, mas o domínio do próprio comportamento pertence a cada um. Os espíritos são os homens – antes de virem ao mundo ou depois de partirem dele – e conservam, portanto, suas qualidades ou defeitos morais. Podem ser sábios ou ignorantes, bons ou mal intencionados, mas todos são senhores da própria vontade. Quem se deixa levar a atitudes agressivas, a atos desrespeitosos, imorais, prova por si só que é ele mesmo agressivo, imoral, desrespeitoso. Justificar o próprio comportamento à conta da presença de espíritos é atitude de fuga que não condiz à própria realidade individual. 
 Não se pode creditar responsabilidade à Doutrina Espírita, por exemplo, diante de atitudes de supostos médiuns ou pseudoespíritas desconhecedores da proposta essencial do Espiritismo: a renovação moral do ser humano. O espírita sincero é aquele que preocupa-se em melhorar a si mesmo. É alguém em luta consigo mesmo para aperfeiçoar-se, melhorar o comportamento e agir coerentemente com o Evangelho de Jesus, base da Doutrina Espírita. O espírita, como qualquer outro cidadão, é homem comum, que reconhece os próprios limites e sabe que tem o dever de progredir moralmente e trabalhar para um ambiente melhor no planeta.

Orson Peter Carrara

terça-feira, 14 de abril de 2015

Fazendo o que dá, mas fazendo…


A eficácia nos diz para fazermos o que dê resultado. A eficiência, o que der resultado a menor custo e mais rápido. A conformidade nos diz para fazermos o que a Lei manda e a moralidade nos fala de fazermos a coisa certa. Na vida, vamos fazendo o que damos conta… 
Ainda que identifiquemos o que deve ser feito, nossos famosos objetivos reencarnatórios, cabe pensar que como humanos limitados, ainda que isso represente um certo grau de maturidade, temos grande dificuldade de transcender a identificação para a ação. Falar é fácil, fazer é que são elas! 
Mas, apesar da pequenez dos resultados, pensemos na grandeza dos esforços, na maravilha de conseguirmos, cotidianamente, insistir no que acreditamos como melhor, com a paciência dos vitoriosos e a teimosia dos que chegam lá. 
Roma não foi feita em um dia! A reencarnação não é feita de um dia! A cada passo, humilde, mas firme, avançamos. Como dito certa vez em uma palestra por Divaldo Franco: “(…) quem faz o que pode, faz o máximo”. Façamos o que está a nosso alcance, fiéis aos nossos propósitos e conscientes de nossas limitações. 
Diante de grandes desafios, de tarefas gigantes, como são as montanhas de nossas imperfeições, temos a frente o caminho da inércia, da estagnação, da fuga de nós mesmos. Porta larga que nos conduz a adiar os enfrentamentos naturais da evolução. 
Mas, existe o caminho do trabalho, de diante dos problemas, verificar o que pode ser feito, e fazê-lo! Sempre é possível avançar, um milímetro que seja, pelo esforço na tarefa da evolução. Assim o é, as vezes avançamos mais rápido, as vezes demoramos mais, em ciclos, como na vida. 
Após o erro, o momento de queda, a tendência é “largar de mão”, mas ali, nessa hora, é que devemos realmente nos ver como jornadeiros de evolução, como espírito que irá superar mais aquela situação. Vergonha? Somente de não caminhar! 
Assim, façamos o que dá, mas façamos. Responderemos pelos nossos minutos encarnados com uma régua de esforço, de intenção, e a benção da oportunidade deve ser sempre aproveitada, da melhor maneira. Possível… 

Marcus Vinicius de Azevedo Braga

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sábado, 11 de abril de 2015

Intercâmbio mediúnico pela incorporação e com acentuada psicofonia

VEJAM ESSE VÍDEO !!!!!!!!!!!Reparem a voz ... é do Chico Xavier ... não tem como ter dúvida!!É de arrepiar !!!!Vejam a msg !!!Assim Seja Amém BjoKeniah Keniah

Posted by Keniah Aguiar on Terça, 3 de março de 2015

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Um minuto com Chico Xavier


Importante revelação foi feita por Chico Xavier a respeito da Constituição de 1934, resultante da Assembleia Nacional Constituinte de 1933.
A Revolução Constitucionalista de 1932, como a denominação esclarece, pretendia o estabelecimento de um período constitucional, baseado em um texto que fosse resultante da vontade popular, através de uma Constituinte.
Naquela época, ou seja, em 1933 — declarou Chico Xavier em uma de nossas reuniões —, o médium Fred Figner fez uma prece-apelo aos espíritos para que, se fosse decisão do Alto, que uma entidade pudesse manifestar-se a respeito da Constituinte que ia ser escolhida, para o objetivo de redigir a nova Carta Magna do País.
Esclareceu, ainda, que realmente o Alto atendeu ao apelo de Fred Figner e, através de uma mensagem recebida por Chico Xavier, veio uma conclamação aos espíritas para que estivessem mobilizados e atentos na defesa dos princípios doutrinários e, mais particularmente, quanto à liberdade de culto e o princípio de separação da Igreja e do Estado.
Devemos observar que Ruy Barbosa foi companheiro de Bezerra de Menezes na Câmara dos Deputados, juntamente com Joaquim Nabuco, Joaquim Manuel de Macedo, e tantos outros nomes de expressão na política e nas letras do País.
Mais outra observação: na Oração aos Moços para os acadêmicos de Direito da Faculdade do Largo de São Francisco, em 1921, Ruy Barbosa já afirmava sua visão espiritualista da vida.
Ainda na década de 20, em Poços de Caldas, um importante fenômeno aconteceu: Ruy Barbosa foi chamado por jovens da sociedade paulista, que ali passavam suas férias e que recebiam mensagens através do copo, como era hábito na época, e isto porque uma delas era em inglês, e Ruy Barbosa admirou-se: a mensagem em inglês tinha o estilo do jornalista William Stead que era seu amigo e fora seu companheiro em Haia, durante a Conferência Mundial da Paz.
Só muitos dias depois, Ruy Barbosa, que havia estranhado a mensagem, pois seu companheiro estava vivo, soube que Stead morrera no afundamento do Titanic!

(Texto de Freitas Nobre - outubro de 1986, extraído do livro “Lições de Sabedoria”, de Marlene Rossi Severino Nobre, editado pela Folha Espírita.)

José Antônio Vieira de Paula
depaulajoseantonio@gmail.com
Cambé, Paraná (Brasil)

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segunda-feira, 6 de abril de 2015

Os Simbolismos da Páscoa e o Espiritismo


A palavra Páscoa tem  origem em dois vocábulos hebraicos: um, derivado do verbo pasah, quer dizer “passar por cima” (Êxodo, 23: 14-17), outro, traz raiz etimológica de pessach (ou pasha, do grego) indica apenas “passagem”. Trata-se de uma festa religiosa tradicionalmente celebrada por judeus e por católicos das igrejas romana e ortodoxa, cujo significado é distinto entre esses dois grupos religiosos.
No judaísmo, a Páscoa comemora dois gloriosos eventos históricos, ambos executados sob a firme liderança de Moisés: no primeiro, os judeus são libertados da escravidão egípcia,  assinalada a partir da travessia no Mar Vermelho (Êxodo, 12, 13 e 14). O segundo evento  caracteriza a vida em liberdade do povo judeu, a formação da nação judaica e  a sua  organização religiosa,  culminada com o recebimento do Decálogo ou Os Dez Mandamentos da Lei de Deus (Êxodo 20: 1 a 21). As festividades da  Páscoa judaica duram sete dias, sendo proibida a  ingestão de alimentos e bebidas fermentadas durante o período. Os pães asmos (hag hammassôt), fabricados sem fermento, e a carne de cordeiro são os alimentos básicos.
A Páscoa católica, festejada pelas igrejas romana e ortodoxa, refere-se à ressurreição de Jesus, após a sua morte na cruz (Mateus, 28: 1-20; Marcos, 16: 1-20; Lucas, 24: 1-53; João, 20: 1-31 e 21: 1-25). A data da comemoração da Páscoa cristã, instituída a partir do século II da Era atual, foi motivo de muitos debates no passado. Assim, no primeiro concílio eclesiástico católico, o Concílio Nicéia, realizado em 325 d.C, foi estabelecido que a Páscoa católica não poderia coincidir com a judaica. A partir daí,a Igreja de Roma segue o calendário Juliano (instituído por Júlio César), para evitar a coincidência da Páscoa com o Pessach. Entretanto, as igrejas da Ásia Menor, permaneceram seguindo o calendário gregoriano, de forma que a comemoração da Páscoa dos católicos ortodoxos  coincide, vez ou outra, com a judaica.[1]
Os cristãos adeptos da igreja reformada, em especial a luterana, não seguem os ritos dos católicos romanos e ortodoxos, pois não fazem vinculações da Páscoa com a ressurreição do Cristo. Adotam a orientação mais ampla de que há, com efeito, apenas uma ceia pascoal, uma reunião familiar, instituída pelo próprio Jesus (Mateus 26:17-19; Marcos 14:12-16; Lucas 22:7-13) no dia da Páscoa judaica.[2]Assim, entendem que não há porque celebrar a Páscoa no dia da ressurreição do Cristo.  Por outro, fundamentados em certas orientações do apóstolo Paulo (1 Coríntios,5:7), defendem a ideia de ser o Cristo, ele mesmo, a própria Páscoa, associando a este pensamento importante interpretação de outro ensinamento  de Paulo de Tarso (1Corintios, 5:8): o “cristão deve lançar fora o velho fermento, da maldade e da malícia, e colocar no lugar dele os asmos da sinceridade e da verdade.”[3]
Algumas festividades politeístas relacionados à chegada da primavera e à fertilidade passaram à posteridade e foram incorporados à simbologia da Páscoa. Por exemplo, havia (e ainda há) entre países da Europa e Ásia Menor o hábito de pintar ovos cozidos com
cores diferentes e decorá-los com figuras abstratas, substituídos, hoje, por ovos de chocolate. A figura docoelho da páscoa, tão comum no Ocidente, tem origem no culto à deusa nórdica da fertilidade Gefjun, representada por uma lebre (não coelho). As sacerdotisas de Gefjun eram capazes de prever o futuro, observando as vísceras do animal sacrificado.[1]
É interessante observar que nos países de língua germânica, no passado, havia uma palavra que denotava a festa do equinócio do inverno. Subsequentemente, com a chegada do cristianismo, essa mesma palavra passou a ser empregada para denotar o aniversário da ressurreição de Cristo. Essa palavra, em inglês, “Easter”, parece ser reminiscência de “Astarte”,  a deusa-mãe da fertilidade, cujo culto era generalizado  por todo o mundo antigo oriental e ocidental, e que na Bíblia é chamada de Astarote. (…) Já no grego e nas línguas neolatinas, “Páscoa” é nome que se deriva do termo grego pascha.[2]
A Doutrina Espírita não comemora a Páscoa, ainda que acate os preceitos do Evangelho de Jesus, o guia e modelo que Deus nos concedeu: “(…) Jesus representa o tipo da perfeição moral que a Humanidade pode aspirar na Terra.”[3] Contudo, é importante destacar: o Espiritismo respeita a Páscoa comemorada pelos judeus e cristãos, e compartilha o valor do simbolismo  representado, ainda que apresente outras interpretações.  A liberdade conquistada pelo povo judeu, ou a de qualquer outro povo no Planeta, merece ser lembrada e celebrada. Os Dez Mandamentos, o clímax da missão de Moisés, é um código ”(…) de todos os tempos e de todos os países, e tem, por isso mesmo, caráter divino. (…).”[4] A ressurreição do Cristo representa  a vitória sobre a morte do corpo físico, e anuncia, sem sombra de dúvidas, a imortalidade e a sobrevivência do Espírito em outra dimensão da vida.
Os discípulos do Senhor conheciam a importância da certeza na sobrevivência para o triunfo da vida moral. Eles mesmos se viram radicalmente transformados, após a ressurreição do Amigo Celeste, ao reconhecerem que o amor e a justiça regem o ser além do túmulo. Por isso mesmo, atraiam companheiros novos, transmitindo-lhes a convicção de que o Mestre prosseguia vivo e operoso, para lá do sepulcro.[5]
Os espíritas, procuramos comemorar a Páscoa todos os dias da existência, a se traduzir no esforço perene de vivenciar a  mensagem de Jesus, estando cientes que, um dia, poderemos também testemunhar esta certeza do inesquecível apóstolo dos gentios: “Fui crucificado junto com Cristo. Já não sou eu quem vivo, mas é Cristo vive em mim.  Minha vida presente na carne, vivo-a no corpo, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim”. (Gálatas 2.20)[6]



[1] //pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1scoa Acesso: 27/03/2013.
[2] J.D. Douglas. O Novo Dicionário da Bíblia. Pág. 1002.
[3] Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Q. 625, pág.
[4] Idem. O Evangelho segundo o Espiritismo. Cap. I, it. 2, pág. 56.
[5] Francisco Cândido Xavier. Pão Nosso. Pelo Espírito Emmanuel. Cap. 176, pág. 365.
[6] Bíblia de Jerusalém. Pág. 2033.

Referências

BÍBLIA DE JERUSALÉM. Diversos tradutores. São Paulo: Paulus, 2002.
ELWELL, Walter A (editor). Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. Trad. Gordon Chow. 1ªed. 3ª reimp. Vol. III.  São Paulo: Edições Vida Nova, 2003.
DOUGLAS, J.D. (organizador). O Novo Dicionário da Bíblia. Tradução de  João Bentes. 3ª ed. rev. São Paulo: Vida Nova, 2006.
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2ªed. 1ª reimp. Rio de Janeiro: FEB Editora, 2011.
_____. O Evangelho segundo o Espiritismo. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 1ªed. 1ª reimp. Rio de Janeiro: FEB Editora, 2008.
XAVIER, Francisco Cândido. Pão Nosso. Pelo Espírito Emmanuel. 1ªed. 3ª reimp. Brasília: FEB Editora, 2012 (Coleção Fonte viva;2)


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Páscoa na visão espirita

Páscoa

sábado, 4 de abril de 2015

Na reta final para um novo mundo


Como sabemos, o nosso planeta está passando por um período transitório; de um orbe de Expiações e provas, para um mundo de Regeneração. Encontramo-nos na reta final deste processo. 
Temos ciência de que este período é a última chance que alguns Espíritos estão tendo no que concerne a viver em uma nova esfera, onde, ao invés do mal prevalecer, o bem reinará. Desta forma, esses Espíritos estão agindo, provocando maior barulho e de tal forma, que as suas ações são mais notadas. Como nem todos conseguirão permanecer habitando nesse novo globo, vários indivíduos colocam em evidência sua perversidade, causando mal aos outros, conforme estamos notando sempre nos noticiários da mídia. 
Talvez a solução do problema da criminalidade seja encontrada a médio e longo prazo. Creio no combate ao crime, educando moral e intelectualmente o criminoso. O nosso dever é compreender esta situação, baseando-nos na aplicação dos ensinamentos exarados por Jesus. 
De acordo com as informações que temos, a transição evolutiva de um planeta não se faz repentinamente. Aventar na concretização desta conjetura tornar-se-ia muito insensato de nossa parte. Evidentemente que esta mudança é feita de modo gradativo, ao longo dos séculos. 
Num passado distante, essa bola onde vivemos foi, por um período de tempo, um mundo primitivo, o qual, com o advento de Jesus ao nosso círculo, passou a ser enquadrado na categoria seguinte e é assim até os dias de hoje. 
Atualmente, a tecnologia dos transplantes utilizando-se das células-tronco é uma realidade entre nós. Acho que este é um enorme sinal de mudança. 
É bem possível que daqui a cem, duzentos ou trezentos anos, a ciência humana já tenha tecnologia suficiente para evitar o nascimento de crianças com doenças incuráveis ou com alguma deformidade. Hipótese plenamente viável, porquanto este globo já não estará recebendo Espíritos com grandes débitos. 
Ademais: faz mais de dois mil anos da vinda do Sublime Rabi a este orbe, e nesse período houve significativa mudança, embora, saibamos que as coisas ruins são mais divulgadas do que as outras. 
Tendo tudo isto em vista, acho perfeitamente aceitável a expressão "encontramo-nos na reta final", referindo-se à evolução de nosso planeta.

Hugo A. Novaes
Santa Rita do Sapucaí, MG (Brasil)

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sexta-feira, 3 de abril de 2015

USP comprova: Energia liberada pelas mãos tem o poder de curar


Um estudo desenvolvido recentemente pela USP (Universidade de São Paulo), em conjunto com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), comprova que a energia liberada pelas mãos tem o poder de curar qualquer tipo de mal estar. O trabalho foi elaborado devido às técnicas manuais já conhecidas na sociedade, caso do Johrei, utilizada pela igreja Messiânica do Brasil e ao mesmo tempo semelhante à de religiões como o espiritismo, que pratica o chamado “passe”.
Todo o processo de desenvolvimento dessa pesquisa nasceu em 2000, como tema de mestrado do pesquisador Ricardo Monezi, na Faculdade de Medicina da USP. Ele teve a iniciativa de investigar quais seriam os possíveis efeitos da prática de imposição das mãos. “Este interesse veio de uma vivência própria, onde o Reiki (técnica) já havia me ajudado, na adolescência, a sair de uma crise de depressão”, afirmou Monezi, que hoje é pesquisador da Unifesp.
Segundo o cientista, durante seu mestrado foram investigado os efeitos da imposição em camundongos, nos quais foi possível observar um notável ganho de potencial das células de defesa contra células que ficam os tumores. “Agora, no meu doutorado que está sendo finalizado na Unifesp, estudamos não apenas os efeitos fisiológicos, mas também os psicológicos”, completou. 
A constatação no estudo de que a imposição de mãos libera energia capaz de produzir bem-estar foi possível porque a ciência atual ainda não possui uma precisão exata sobre esse efeitos. “A ciência chama estas energias de ‘energias sutis’, e também considera que o espaço onde elas estão inseridas esteja próximo às frequências eletromagnéticas de baixo nível”, explicou. 
As sensações proporcionadas por essas práticas analisadas por Monezi foram a redução da percepção de tensão, do stress e de sintomas relacionados a ansiedade e depressão. “O interessante é que este tipo de imposição oferece a sensação de relaxamento e plenitude. E além de garantir mais energia e disposição.” 
Neste estudo do mestrado foram utilizados 60 ratos. Já no doutorado foram avaliados 44 idosos com queixas de stress.
O processo de desenvolvimento para realizar este doutorado foi finalizado no primeiro semestre deste ano. Mas a Unifesp está prestes a iniciar novas investigações a respeito dos efeitos do Reiki e práticas semelhantes a partir de abril do ano que vem.

Postado por Miguel Galli às 23:36 em 25/11/2011
Fonte: Monica Heymann Fedele

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Comemoração dos 105 anos de Chico Xavier


Em 2 de abril de 2015 são comemorados os 105 anos de nascimento de Francisco de Paula Cândido Xavier, o médium mineiro...
Posted by Federação Espírita Brasileira on Quinta, 2 de abril de 2015

terça-feira, 31 de março de 2015

Bebês de três pais e os desafios éticos


A recente aprovação de transplantes mitocondriais pelo parlamento inglês estabelece um novo divisor de águas para a humanidade, especialmente para casais que aspiram gerar bebês saudáveis. Inicialmente cumpre recordar que a técnica autorizada prevê a substituição – por meio de fertilização in vitro – do DNA mitocondrial doente oriundo da mãe biológica por outro saudável pertencente a uma doadora. É importante destacar que a técnica proposta viabiliza a transferência genética entre as duas mulheres antes da geração do zigoto, isto é, a célula com núcleo único produzida no ato da fecundação do óvulo pelo espermatozoide.
Portanto, trata-se de um processo no qual a manipulação genética se dá em células ainda não fecundadas, ou seja, sem o embrião da vida. Posto isto, os embriões gerados por meio desse complexo processo estão sendo denominados de “bebês de três pais”. No entanto, é forçoso reconhecer que o DNA mitocondrial da doadora não fornece absolutamente nenhuma característica genética ao feto. Na verdade, a herança genética, propriamente dita, é atribuição do DNA nuclear. Este último, aliás, é responsável por 99,98% do código genético humano.
Nessa condição, o DNA nuclear é, por assim dizer, o agente determinante para o estabelecimento da cor dos nossos olhos, da nossa estatura, da nossa eventual propensão para engordar ou de vir a sofrer determinadas doenças ao longo da vida. Vale frisar que na implantação do transplante mitocondrial, o DNA nuclear é integralmente preservado. Desse modo, os cientistas eliminam qualquer possibilidade de que um óvulo, que tenha tido seu DNA mitocondrial alterado, apresente qualquer semelhança com a doadora.
Assuntos como o ora discutido tendem a gerar intenso debate e polêmica. Certos setores religiosos e da imprensa vislumbram em tais descobertas e possibilidades o perigo do homem querer “brincar de Deus” ou de criar uma raça supostamente perfeita, como foi outrora cogitado em relação à ariana. Há, sem dúvida alguma, justificada preocupação com tudo o que diz respeito à manipulação genética. Há também aí uma linha muito tênue entre o que é eticamente aceitável e as experiências/iniciativas científicas abjetas.
Mas é, por outro lado, também perfeitamente compreensível que pais se empenhem em gerar uma prole saudável e apta a se sobressair positivamente no mundo. Afinal, pode-se indagar que tipos de pais, em sã consciência, ficariam felizes pelo fato de procriar filhos potencialmente portadores de certas moléstias? Convenhamos que tal hipótese chega a beirar o absurdo. É igualmente aceitável que a ciência trabalhe para uma melhor adaptação e/ou evolução da raça humana seja por meio da supressão da manifestação de certas doenças e anomalias físicas, seja pela exploração de alternativas que pelo menos mitiguem tais efeitos.
É, enfim, difícil não querer afastar – especialmente quando os pais têm recursos para tal – a possibilidade de ter um filho com propensão a nascer com algum tipo de doença incubada como o câncer de seio, ou doença de Alzheimer, Mal de Parkinson ou outras anomalias genéticas. Posto isto, como lidar com questões tão complexas de forma apropriada? É pertinente lembrar que manipulação genética é algo que, segundo os especialistas em ufologia, vem permeando a raça humana desde tempos imemoriais. Nesse sentido, os argumentos por eles apresentados são no mínimo intrigantes.
Seja como for, o plano espiritual não poderia deixar, por sua vez, de analisar tão complexa problemática. E o Espírito Joanna de Ângelis tece interessantes considerações, na obra Dias Gloriosos (psicografia de Divaldo Franco), sobre o assunto que valem a pena resgatar. A benfeitora esclarece que “Ao lado dessa busca respeitável, sem dúvida, mas que foge ao programa da reencarnação de muitos Espíritos endividados que, se liberados da injunção aflitiva, incidirão em outros mecanismos depuradores...” (ênfase nossa). 
Diante do quadro atual, é pouco provável que a comunidade científica – que, de modo geral, tem pouca afinidade com as coisas da religião, embora esteja havendo algum progresso no estabelecimento de tal ligação – venha deliberadamente a frear tais esforços. Eventuais aberrações científicas, conforme aventa a benfeitora, como o trabalho para alterar, por exemplo, “... o sexo do zigoto, ou mais tarde do feto, mesmo que se encontre em processo de formação física”, devem ser veementemente condenadas. Tais experimentos são absolutamente cruéis e desumanos. Cientistas que se envolvem em tão nefasta linha de pesquisa desrespeitam sagrados limites éticos e morais, e certamente pagarão muito caro perante as leis divinas por tamanha hediondez.
Joanna de Ângelis alerta, aliás, nesse particular, que “... ao abuso do conhecimento em qualquer área sempre correspondem danos equivalentes” (novamente, ênfase nossa). De modo a esclarecer ainda mais certos pontos capitais, a nobre mentora enfatiza que “Parece a esses investigadores dos emaranhados segredos da existência planetária, que lhes é facultado brincar de Deus, alterando os códigos genéticos e criando aberrações para atendimento do seu luxo criativo [...]”. 
No entanto, como a maioria não envereda pelas sábias veredas estribadas na epistemologia espiritual tem-se a configuração de um quadro no qual “O desconhecimento causal ou proposital do Espírito, por esses investigadores, e o seu alto índice de presunção intelectual fazem que, desatentos às causalidades divinas, se arvorem em criadores de outros homens que deixariam de acompanhar o processo da Natureza, exclusivamente direcionados pelas suas paixões...”.
Por isso tudo, adverte a sábia mentora que “Cabe, porém, ao cientista, curvar-se ante a grandeza do Cosmo e interrogar-se até onde têm lugar os direitos que se atribui, especialmente no que diz respeito ao que pretende corrigir no conjunto ou em parte, a Lei natural”. E aqui é imperioso que o(a) candidato(a) a descobridor do conhecimento se empenhe em conquistar um patrimônio moral e espiritual considerável em paralelo ao técnico-científico, de tal maneira que as suas contribuições e trabalho estejam sempre alinhados com o bem.
Joanna de Ângelis pondera que “A engenharia genética será, naturalmente, um instrumento para dignificação do ser humano e entendimento da vida nas suas mais profundas expressões, jamais recurso para submetê-lo às paixões e desmandos de outros que dela planejam utilizar-se para tais nefandos fins”.
E, por fim, lembra também Joanna de Ângelis que “O corpo, sob qualquer condição que se expresse, é resultado da conduta anterior do Espírito, que programa as suas necessidades na forma, a fim de crescer e evoluir, transformando conflitos em paz, débitos em créditos, mazelas em esperanças”.
Diante do exposto, podemos concluir que o Espírito é e será sempre caudatário do seu passado. Se na trajetória milenar prevaleceram experiências perturbadoras ou dissociadas dos ideais divinos, é da lei universal que o infrator por meio de apropriados determinismos se reajuste. A encarnação, em consequência, lhe facultará de uma forma ou de outra os elementos indispensáveis à reparação. Quanto a esse mecanismo universal de acerto nada poderá a ciência fazer. As inteligências brilhantes podem e devem fazer todo o possível para tornar a experiência humana nesse mundo menos áspera. O seu conhecimento e conquistas nessa direção sublime são certamente esperados pelos maiorais da espiritualidade. Nesse sentido, elas sempre ocorrerão sob os beneplácitos do Criador.

Anselmo Ferreira Vasconcelos
São Paulo, SP (Brasil) 

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Nota importante alusiva a Allan Kardec

Allan Kardec foi o pseudônimo adotado pelo ilustre professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, nascido em 3 de outubro de...

Posted by Federação Espírita Brasileira on Terça, 31 de março de 2015

sábado, 28 de março de 2015

Prece com pressa, uma mensagem séria com muito humor!

Prece com PressaUma mensagem séria com muito humor!

Posted by Mensagens de Divaldo Franco e Amigos on Sábado, 28 de março de 2015

Crer sem ver e ver para crer


O homem que vive mergulhado nas coisas perecíveis da matéria necessita sempre de um sinal 

Ante a incredulidade de Tomé, Jesus disse que bem-aventurados são os que não viram e creram. 
Quanta sabedoria nestas palavras, pois os olhos que verdadeiramente veem  não são os do corpo, e, sim, os do Espírito. Mas o homem que vive somente mergulhado nas coisas perecíveis da matéria necessita sempre de um sinal para crer. Como relata o Evangelho de Mateus, 12:38: “Então alguns dos escribas e dos fariseus tomaram a palavra, dizendo: Mestre, quiséramos ver da tua parte algum sinal”. 
Na época, os mais incrédulos eram os escribas, que tinham a incumbência de interpretar as leis e ensinar ao povo os textos dos livros sagrados e pactuavam com os fariseus e os sacerdotes, convertendo-se nos mais ferrenhos inimigos de Jesus. 
Em todos os tempos, sempre foi assim. No livro Evangelho Misericordioso – Edições FEESP, (Incredulidade), Paulo Alves Godoy observa que quando Cristóvão Colombo apresentou seu projeto a uma junta de cosmógrafos, astrônomos, geômetras, geógrafos e membros da Igreja,  reunidos no Colégio dos Altos Estudos de Salamanca, na Espanha, foram notificados de que o referido projeto se assentava sobre uma base falsa e imaginária e o que Colombo pretendia não podia ser verdade. Argumentavam que a Terra “é chata e rodeada de água”, sendo incompatível com os dogmas de fé admiti-la redonda; acreditar que existem dois hemisférios habitados,  seria a mesma coisa que dizer que há homens que não descendem de Adão. 
A Igreja também desmentiu Galileu, quando ele disse que a Terra girava em torno do Sol, preferindo ficar apegada ao sistema geocêntrico (a Terra como centro do sistema planetário, em torno do qual girariam todos os astros),  pois o sistema heliocêntrico (o Sol como centro do sistema planetário),  demonstrado por Galileu, contrariava os dogmas. 
Quando Joana D’Arc afirmou que ouvia vozes dos Espíritos, foi taxada feiticeira, relapsa e herege. Joana, que  foi condenada a morrer queimada na fogueira da Inquisição,  foi depois considerada heroína e santa. 
Passados mais de 2 mil anos das revelações das Verdades Eternas trazidas por Jesus e outros grandes missionários, ainda prevalecem teorias errôneas no tocante a essas Verdades, como a crença na vida única do Espírito, nas penas eternas, no pecado original, e de que a Terra é o único mundo habitado do Universo. 
Por ter trazido à Terra as Verdades Eternas, enfrentando a incredulidade dos homens, Jesus foi crucificado; Sócrates,  condenado a beber cicuta; João Batista,  decapitado; Paulo de Tarso, perseguido e também decapitado; muitos profetas foram perseguidos e mortos e muitos emissários dos Céus sofreram a incompreensão e o sarcasmo dos homens. 
Daí a importância de descartarmos a fé cega, que conduz ao fanatismo. Como afirmou Allan Kardec, ela já não é mais deste século. E Kardec disse isso no século 19! 
Em nota de rodapé em O Evangelho segundo o Espiritismo, em 1948, a Federação Espírita Brasileira esclarece que estamos no século em que o espírito humano tornou-se mais exigente e a fé cega já não tem mais sentido, reinando a descrença nas Igrejas que a impõem. Vivendo sem ideal e sem esperança em outra vida, o homem tenta transformar o mundo pela violência. As lutas econômicas geram as mais esdrúxulas doutrinas de ação e reação. Na ânsia furiosa de predomínio econômico, guerras mundiais assolaram o Planeta. 
“Toda a esperança da Humanidade hoje se apoia no Espiritismo, na restauração do Cristianismo, baseada em fatos que demonstram os princípios básicos da Doutrina cristã: eternidade da vida, responsabilidade ilimitada de pensamentos, palavras e atos. 
Sem a Terceira Revelação o mundo estaria irremediavelmente perdido pelo choque das mais desencontradas ideologias materialistas e violentistas.”

Altamirando Carneiro
São Paulo, SP (Brasil)

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quarta-feira, 25 de março de 2015

Passe Virtual - Instituto André Luiz

Passe Virtual - Instituto André Luiz Um passe virtual, para ser feito com fé, seriedade e responsabilidade, com os...

Posted by Mensagens Espíritas - Anjos da Noite on Quinta, 3 de janeiro de 2013

O Evangelho no lar

segunda-feira, 23 de março de 2015

O passe


Coube ao Espiritismo, dentre tantas outras práticas dos tempos apostólicos, trazer de volta esta da imposição de mãos, amplamente usada por Jesus, conforme se lê nos Evangelhos, como na seguinte passagem: E, ao por do sol, todos os que tinham enfermos de várias doenças lhos traziam; e, pondo as mãos sobre cada um deles, os curava. (Lc, 4:40). Mas, além de curar enfermos, Jesus recomendou fosse esse socorro levado a efeito por aqueles que pretendessem seguir suas lições: (...) E porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. (Mc, 16:18). 
No Espiritismo, a imposição de mãos recebeu o nome de passe, prática que pode ser levada a efeito por qualquer pessoa de boa vontade, a qualquer hora, em qualquer lugar. Entretanto, em se tratando de passe feito numa casa espírita, deve-se procurar facilitar o trabalho dos Espíritos que nele colaboram, através de preparo e postura dos encarnados, e de ambiente consentâneo com a importância da atividade, evitando-se o passe em público, no mesmo recinto onde o paciente ouviu a palestra. 
Infelizmente, o passe em público tem aumentado nos centros espíritas. Alguns por falta de espaço, outros por comodismo. Entretanto, é bom seja lembrada a conveniência de ser destinado um espaço especial para sala de passes, diante das seguintes razões:

1. Nesse local, os Espíritos poderão manter aparelhagem própria à execução desse tipo de trabalho;

2. Será favorecida a manutenção de ambiente mais homogêneo, pelo fato de ser mais fácil a concentração e a preservação de fluidos em recinto onde circulem menos pessoas;

3. Além do mais, haverá ambiente propício à preparação dos passistas para a tarefa, pois o trabalho só deverá ser iniciado após a preparação dos médiuns, em ambiente de recolhimento, conforme se lê no cap. 17 da obra “Nos Domínios da Mediunidade”. Ali, vê-se Clara e Henrique preparando-se antes da entrada dos pacientes, conforme explicação dada ao companheiro de André Luiz: ... A oração é prodigioso banho de forças, tal a vigorosa corrente mental que atrai. Por ela, Clara e Henrique expulsam do próprio mundo interior os sombrios remanescentes da atividade comum que trazem do círculo diário de luta e sorvem do nosso plano as substâncias renovadoras de que se repletam, a fim de conseguirem cooperar com eficiência, a favor do próximo;

4. No caso de haver uma sala destinada ao trabalho de passes, haverá maior facilidade de concentração dos médiuns, pelo fato de não estarem expostos à curiosidade das pessoas que não estão recebendo o passe, por não o desejarem ou porque já o receberam, permanecendo no salão, mantendo, às vezes, pensamentos que não se coadunam com a sublimidade do momento;

5. Maior conscientização da natureza superior do socorro recebido, da parte do paciente, pelo fato de entrar num recinto apropriado e previamente preparado, podendo sentir-lhe a diferença vibratória;

6. Essa mudança de ambiente contribuirá para que mude sua atitude, de passividade absoluta – e até de certa indiferença – à de participar mais ativamente, pela sua decisão de levantar-se, dirigir-se à sala de passes e não de continuar simplesmente acomodado na poltrona de onde ouviu a palestra.

Agindo assim, acreditamos estar devolvendo ao passe aquela característica de socorro ao realmente necessitado, como o fez Jesus. 
A excessiva facilitação desse nobre socorro fraterno conduz à sua vulgarização, com efeitos psicológicos danosos, tanto àquele que o ministra, quanto a muitos beneficiários, para os quais toma o lugar de simples "bênção" de efeito mágico. 
Sabemos que, a ser desenvolvida dentro desses parâmetros, a tarefa demandará mais tempo, tanto dos médiuns, quanto dos pacientes. Essa, talvez, a maior contribuição para que se definam com clareza as posições daqueles que realmente necessitam do socorro do passe, e daqueles que, sinceramente, conscienciosamente, se dispõem ao trabalho nesse importante setor.

José Passini
Juiz de Fora, MG (Brasil)

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